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19/11/2007

Congresso Brasileiro de Toxicologia debaterá água, 'ecstasy', cosméticos e infância

Fernanda Marques


Questões teóricas e práticas sobre a degradação dos recursos hídricos e estratégias para preservá-los e recuperá-los estão sendo discutidas no 15º Congresso Brasileiro de Toxicologia, que ocorre até 21 de novembro, em Búzios (RJ). Com o tema Água e toxicologia – uma parceria de vida, o evento conta com palestras e debates com especialistas do Brasil e do exterior, bem como apresentações orais de mais de 600 trabalhos científicos desenvolvidos em instituições de todo o país. A comissão organizadora do congresso é presidida pela pesquisadora Ana Maria Cheble Braga, do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Fiocruz. Nesta terça-feira (20/11) haverá o Encontro de Toxicologistas Foreneses, que ocorre desde 1997.


 O congresso vai discutir, entre outros temas, a degradação dos recursos hídricos e as estratégias para preservá-los e recuperá-los (Foto: Greenpeace)

O congresso vai discutir, entre outros temas, a degradação dos recursos hídricos e as estratégias para preservá-los e recuperá-los (Foto: Greenpeace)


Ao lado de pesquisadores de algumas das mais consagradas universidades e instituições de pesquisa nacionais, como UFRJ, Unicamp e Fiocruz, estão renomados especialistas estrangeiros. Entre eles, representantes da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e do Instituto Federal para Avaliação de Risco da Alemanha.


Além das questões relativas a agentes tóxicos nos oceanos e na água doce do planeta, outros temas abordados no congresso incluem plantas medicinais da flora brasileira, segurança alimentar, cosméticos, exposição à fumaça do tabaco, mitos e verdades sobre drogas de abuso, agrotóxicos, transgênicos e eventos tóxicos em crianças.


O congresso reúne diversos trabalhos sobre toxicologia e infância. A ênfase nesse tema se justifica porque o grupo com idade inferior a 6 anos é o que apresenta a maior freqüência de exposições tóxicas agudas. Dados da Associação Americana de Centros de Controle de Intoxicações revelam que de 2,42 milhões de exposições tóxicas notificadas em 2005, 50,9% ocorreram nessa faixa etária.


No primeiro dia do congresso um dos seis cursos oferecidos enfocou a saúde ambiental de crianças, com a participação da pediatra Lilian Corra, da Rede Internacional de Pesquisa e Informação sobre Saúde da Criança, Ambiente e Segurança da Argentina. Ao curso somaram-se palestra sobre exposições tóxicas agudas de risco em crianças com até 6 anos e mesa-redonda sobre segurança de medicamentos em pediatria.


Coordenada pela pediatra Ligia Fruchtengarten, do Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo, a mesa-redonda reuniu o diretor médico do laboratório farmacêutico Sanofi Aventis, Jaderson Lima, a coordenadora do Núcleo de Apoio à Pesquisa Clínica do Hospital das Clínicas da USP, Sonia Mansoldo Dainesi, e o titular da Academia Brasileira de Pediatria Mário Santoro Junior. Outras informações podem ser obtidas aqui. O telefone do hotel onde será realizado o congresso é (22) 2620-8850.


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