24/08/2016
Blog da revista 'História, Ciências, Saúde - Manguinhos'
A Fiocruz vem adotando um papel de destaque na cooperação internacional em saúde, especialmente com países da região sul-americana (União de Nações Sul-americanas, Unasul) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na África. A partir da orientação denominada Cooperação Estruturante em Saúde, os parceiros desenvolvem uma relação horizontal, na qual no lugar da oferta de ajuda, compartilham-se soluções para responder à demanda específica do outro país.
O orientação rompe com a transferência passiva de conhecimento na medida em que integra no desenvolvimento de recursos humanos as capacidades e os recursos endógenos do próprio país para um avanço tecnológico baseado em um planejamento estratégico que “empodere” as autoridades locais.
Partindo da premissa do fortalecimento sustentável da componente pública dos sistemas nacionais de saúde, a Fiocruz busca cooperar com o aperfeiçoamento das chamadas “forças estruturantes do sistema de saúde”, por meio do reforço dos institutos nacionais de saúde, das escolas de saúde pública e de formação de pessoal técnico, instituições capazes de assegurar o maior rendimento do Sistema de Saúde como um todo.
No artigo Cooperação internacional em saúde: o caso da Fiocruz, publicado na atual edição de História, Ciências, Saúde - Manguinhos (vol.23, no.2, abr./jun. 2016), José Roberto Ferreira, Claudia Hoirisch, Luiz Eduardo Fonseca e Paulo Marchiori Buss, do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) mostram como as práticas que a Fiocruz vem adotando na cooperação internacional alinham-se aos ajustes feitos a partir das principais conferências internacionais sobre o assunto (Buenos Aires, 1978; Roma, 2003; Paris, 2005; Acra, 2008; e Busan, 2011), que enfocam o apoio aos sistemas de saúde integralmente, e não exclusivamente a doenças ou problemas de saúde, assumindo a saúde em seus determinantes biológicos, sociais e ambientais.
Leia mais no blog da História, Ciências, Saúde - Manguinhos.