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27/08/2020

Covid-19: número de óbitos e casos ainda é alto, diz boletim

Regina Castro (CCS/Fiocruz)


O Boletim Observatório Fiocruz Covid-19, relativo às semanas epidemiológicas 33 (de 9 a 15 de agosto) e 34 (de 16 a 22 de agosto), mostra que a pandemia mantém um padrão de estabilidade com um número alto de óbitos e casos por Covid-19. Segundo a análise, durante esse período o país vem apresentando uma média de mil mortes por dia pela doença e cerca de 40 mil registros de ocorrências diárias.

O estudo aponta que os estados apresentaram uma forte flutuação dos indicadores nessas duas semanas. Enquanto alguns estados registraram tendência de queda no número de casos (Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe) e de óbitos (Ceará e Sergipe), em outros a situação é preocupante. O Rio de Janeiro e o Distrito Federal, por exemplo, mostram propensão de aumento no número de casos. O Distrito Federal apresentou alta taxa de incidência nas duas últimas semanas. 

Já o Centro-Oeste segue como a região com maiores taxas de incidência e de mortalidade. Quanto à disponibilidade de leitos, dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) indicam que – entre 10 de julho e 24 de agosto – houve pequenos incrementos na oferta de leitos de UTI Covid-19 para adultos por 10 mil habitantes no Acre, Roraima, Amapá, Tocantins, Rio Grande do Norte, Bahia, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal.

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos saíram da zona de alerta crítico para a de alerta intermediário em Tocantins, Santa Catarina e no Distrito Federal. Por outro lado, Acre, Sergipe, Bahia e Mato Grosso do Sul passaram da zona de alerta intermediário para fora da zona de alerta. No total, 13 estados estão fora da zona de alerta e 11 e o Distrito Federal se encontram na zona crítica intermediária. Goiás se mantém na zona de alerta crítico e o município do Rio de Janeiro em alerta intermediário, com crescimento de 63% para 68%.

Os registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), nas últimas duas semanas, apontam taxas de incidência ainda bastante altas nos estados e regiões. Em Rondônia, Alagoas, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal a taxa é superior a 10 casos por 100 mil habitantes. O Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba e Alagoas apresentaram crescimento do número de casos de SRAG nas últimas semanas analisadas (InfoGripe).

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