Início do conteúdo

03/02/2012

Cuba e Brasil vão intensificar cooperação bilateral na área da saúde


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi a Cuba, na comitiva da presidente Dilma Rousseff, com a missão de aprofundar ainda mais a cooperação em pesquisas, desenvolvimento de medicamentos e transferência tecnológica entre os dois países. Acordos bilaterais já existentes envolvem 38 projetos na área de saúde, 12 deles tidos como prioritários – referem-se principalmente à terapia e ao diagnóstico de diferentes tipos de câncer, tratamento de diabetes e produção de vacinas preventivas e terapêuticas. “A integração de esforços é fundamental para que possamos produzir em nosso próprio país cada vez mais medicamentos e vacinas que beneficiem a população brasileira e nos permitam economizar recursos”, ressalta o ministro. “Além disso, a atuação cooperada entre Brasil e Cuba na reestruturação da saúde no Haiti possibilita que sejamos mais eficazes no atendimento a uma população tão sacrificada depois do desastre de 2010”. O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fundação, Jorge Bermudez, fizeram parte da comitiva que visitou Cuba.


 Os ministros da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, e de Cuba, Roberto Morales Ojeda, após a assinatura do acordo (Foto: Erasmo Salomão - Ascom/MS)

Os ministros da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, e de Cuba, Roberto Morales Ojeda, após a assinatura do acordo (Foto: Erasmo Salomão - Ascom/MS)


O Ministério da Saúde negocia com Cuba o fortalecimento de ações em saúde bucal, com a utilização de conhecimento obtido com o programa Brasil Sorridente, existente desde 2004 no Brasil. Também está em negociação a capacitação de profissionais cubanos para o aperfeiçoamento de bancos de leite em Cuba e do processamento do produto, ação que visa a melhoria da saúde materno-infantil. O controle da qualidade de medicamentos e medidas regulatórias também estão em discussão.


"Vamos desenvolver, com Cuba, produtos para (tratar) doenças como o câncer, o diabetes, males renais crônicos, o que permitirá impulsionar os vínculos entre ambos os países", disse o ministro brasileiro, segundo a TV estatal da ilha. Padilha ressaltou o compromisso do governo brasileiro não só com Cuba, mas também com a América Latina e o papel que desempenharam os dois países em benefício da saúde global. Padilha lembrou que recentemente a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu tratar pela terceira vez em sua história o tema da saúde em nível de chefes de Estado e de Governo como prioridade, principalmente no campo das doenças crônicas não transmissíveis, o que, segundo ele, abre um novo capítulo na agenda da saúde mundial.


Os ministérios da Saúde do Brasil e de Cuba atuam em ações conjuntas na reconstrução do setor da saúde no Haiti. Desde 2004, por mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil chefia a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah). Além de manutenção da paz, exerce ajuda humanitária, ampliada depois do terremoto.


Publicado em 3/2/2012.

Voltar ao topo Voltar