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12/04/2022

Delegação dinamarquesa, Inpi e Fiocruz debatem inovação em Saúde

Ana Paula Blower (Agência Fiocruz de Notícias)


Delegações do governo dinamarquês e do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) visitaram a Fiocruz na última quarta-feira (6/4) como parte das atividades de cooperação para inovação em Saúde entre o Brasil e o país europeu. A relação de cooperação está na fase 2, dedicada ao tema saúde, e, atendendo ao convite do Inpi, a Fiocruz vem participando do projeto. As delegações e representantes da Fundação se reuniram pela manhã, quando debateram assuntos como desenvolvimento e produção de vacinas e acordos de cooperação. Após a reunião, houve uma visita à fábrica de imunizantes do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). 

Delegações e representantes da Fundação se reuniram para debater assuntos como desenvolvimento e produção de vacinas, e acordos de cooperação (foto: Pedro Paulo Gonçalves)

 

“Fiquei muito impressionado com o trabalho feito na Fiocruz, não sabia que havia tanta diversidade e produção de vacinas em curso. É muito animador saber, por exemplo, o que pode ocorrer com o desenvolvimento da vacina de RNA mensageiro [contra Covid-19, atualmente em estágio pré-clínico]”, comentou, após a visita, Sune Sørensen, diretor geral do Escritório de Patentes e Marcas da Dinamarca (DKPTO), que acrescentou: “Acredito que temos muitas possibilidades futuras de cooperação em inovação”. 

A cooperação Brasil-Dinamarca visa estreitar os laços entre as instituições brasileiras e dinamarquesas, além de promover a formação de redes de inovação. Ainda neste projeto, no que diz respeito à Fiocruz, estão previstas outras atividades, como um Café com Inovação para apresentar tecnologias da Fundação para potenciais parceiros com o país europeu. 
“A Fiocruz evoluiu e está muito à frente da legislação brasileira na área de propriedade intelectual. Quando veio a pandemia de Covid-19, a Fundação inovou, fazendo transferência de tecnologia, acordos de cooperação, e mostrou que, para tratar de saúde pública, cooperação global é um mecanismo muito importante e isso, entre pesquisadores e instituições de ciência aplicada, é o que prevalece sob as relações econômicas”, observou Claudio Furtado, presidente do Inpi, que destacou a Fiocruz como uma “instituição verdadeiramente global, que dignifica a ciência aplicada e a saúde pública no Brasil”.

O enfrentamento da Covid-19 também foi contemplado na fala do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, ao iniciar a reunião e apresentar as principais linhas de atuação da Fundação. “Nós estamos em uma posição muito boa atualmente, recebendo apoio do Ministério da Saúde e da sociedade como um todo, o que nos leva a inovar cada vez mais no sistema de saúde do Brasil”. Ainda na reunião, ele acrescentou: “Trabalhamos com inovação, nos esforçamos para ter os melhores acordos com as companhias, farmacêuticas, organizações internacionais. Por outro lado, precisamos ver as questões sociais e de atendimento às pessoas que precisam do medicamento, da vacina...”.

Delegações do governo dinamarquês e Inpi visitaram a Fiocruz na última quarta-feira (6/4) (foto: Pedro Paulo Gonçalves)

 

Na delegação da Dinamarca havia ainda a presença de Søren Christian Thomsen, dos Projetos Internacionais do DKPTO e de Terkel Borg, da Embaixada da Dinamarca no Brasil. Já a delegação do Inpi foi composta também por Vinicius Bogéa Câmara, coordenador de articulação e fomento à PI e Inovação, e de Renata Ribas, analista de relações internacionais.
Como representantes da Fiocruz, estavam Denise Lobo, coordenadora de comunicação de Bio-Manguinhos; Daniel Godoy, chefe de gabinete de Bio-Manguinhos; Carla Maia Einsiedler, coordenadora de Gestão Tecnológica da Fiocruz (Gestec/VPPIS); Adriana Britto, gerente da área de patentes da Gestec/VPPIS; Érica Vieira, analista de patentes, gerente da área financeira e coordenadora substituta da Gestec/VPPIS; Cíntia Reis, coordenadora da consultoria de propriedade intelectual e transferência de tecnologia de Bio-Manguinhos e Ilka Maria Vilardo, coordenadora de cooperação com a Europa do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz).

Cooperação Brasil-Dinamarca 

O projeto que deu origem à visita desta quarta-feira teve início em um acordo de cooperação com a Dinamarca estabelecido pelo Inpi para um projeto de criação de redes de inovação entre instituições brasileiras e dinamarquesas. Neste projeto, há três áreas de negócio: agronegócio, energias renováveis e saúde – área para qual a Fiocruz foi convidada pelo instituto nacional a fazer parte dessa iniciativa.

Em 2021, a Gestão tecnológica (Gestec/Fiocruz) participou das atividades promovidas no âmbito da cooperação para Inovação Brasil-Dinamarca, entre elas a identificação dos grandes temas de eventuais projetos a se desenvolver ou que já estejam em desenvolvimento e que poderiam ser catapultados com uma parceria com uma instituição do país europeu. Além disso, a Gestec participou de cursos de capacitação oferecidos pelo governo dinamarquês na área de gestão tecnológica e realizou intercâmbio de experiências com instituições dinamarquesas, como a Universidade de Copenhagen.

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