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29/02/2008

Dieta da população de SP deixa a desejar no consumo de frutas, verduras e legumes


A maior parte da população brasileira apresenta uma dieta incompleta. Geralmente as dietas deixam a desejar no que diz respeito à quantidade ingerida de frutas, verduras e legumes, além do consumo de leite e derivados ser insuficiente. Isso é o que mostram Juliana Morimoto, da Universidade Metodista de São Paulo, e equipe em um estudo que teve como objetivo avaliar a qualidade da dieta de adultos residentes na Região Metropolitana de São Paulo e seus fatores associados.


 Segundo a pesquisa, 75% dos entrevistados têm uma dieta insatisfatória, com baixo consumo de frutas, verduras, legumes, leite e derivados (Foto: Governo de Rondônia)

Segundo a pesquisa, 75% dos entrevistados têm uma dieta insatisfatória, com baixo consumo de frutas, verduras, legumes, leite e derivados (Foto: Governo de Rondônia)


O trabalho foi desenvolvido no distrito do Butantã e nos municípios de Itapecerica da Serra, Embu e Taboão da Serra, por meio de inquérito domiciliar de base populacional. Foram utilizados dados de um questionário ministrado a 1.840 adultos de 20 anos ou mais, de ambos os sexos, incluídos em um inquérito de saúde. De acordo com artigo publicado na edição de janeiro de 2008 dos Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, “os índices de qualidade da dieta têm sido desenvolvidos para se obter uma medida resumo das principais características da dieta, facilitando a avaliação da qualidade desta em populações ou grupos de indivíduos. Os mais recentes índices definem a qualidade da dieta em termos de proporcionalidade, moderação e variedade, tendendo a direcionar para recomendações de prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis”.


Os pesquisadores observaram que 75% das pessoas apresentaram uma dieta que necessita de melhora. Eles observaram médias baixas para os seguintes componentes: frutas, verduras e legumes, leite e derivados. O percentual de indivíduos com dieta saudável observado no estudo foi de 4%. O número de bens de consumo duráveis, a escolaridade do chefe da família e ter 60 anos ou mais se associaram à qualidade da dieta em homens. Para as mulheres, a faixa etária foi o único fator que se associou à qualidade da dieta. “A influência da idade sobre a qualidade da dieta pode refletir uma mudança de consciência sobre a saúde com o aumento da idade, interferindo diretamente nas escolhas alimentares pelo grupo de maior idade, ou na manutenção dos hábitos em face da menor exposição ao ambiente”, afirmam no artigo.


Deste modo, segundo os especialistas, as políticas de promoção de estilo de vida saudável deveriam ser implementadas o mais precocemente possível na população. “Os resultados do estudo sugerem que condição sócio-econômica e faixa etária são fatores que podem ser utilizados para direcionar os esforços em atividades de promoção da saúde e de uma alimentação saudável. São necessárias políticas públicas em alimentação e nutrição para atingir toda a população, mas principalmente, dirigidas a adultos jovens, de menor renda e residentes em famílias com chefes de baixa escolaridade. Deve-se ter atenção especial na orientação sobre o aumento do consumo de frutas, hortaliças, leite e produtos lácteos”, destacam no artigo.


Fonte: Agência Notisa

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