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10/06/2006

Documentário do IOC ganha prêmio em festival internacional

Renata Fontoura


O documentário O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti - para combatê-lo é preciso conhecê-lo, produzido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), acaba de ganhar o segundo lugar no Festival Mfi-Science, em Havana, Cuba. O curta-metragem concorreu com 116 produções audiovisuais de diversos países. O filme retrata o ciclo de vida do mosquito vetor do dengue, incluindo os momentos exatos da passagem de larva em pupa e de pupa em mosquito.

"Foi a maior emoção da minha vida", diz o diretor do filme, Genilton Vieira, coordenador do setor de Produção e Tratamento de Imagens do IOC. "Quando chamaram o nome do filme no microfone eu fiquei anestesiado. O público gritava Brasil, Brasil, foi emocionante". Vieira recebeu o prêmio acompanhado pelo editor Leonardo Perim. Também participou da produção do documentário o músico Rigel Santos Romeu, responsável pela trilha sonora. O filme foi transmitido em rede nacional na televisão de Cuba na última quinta-feira.


Segundo Vieira, o documentário surpreendeu porque inova o conceito de filmes científicos tradicionais. "Nosso filme tem uma forma diferente de ver a ciência porque subverte a narrativa mais acadêmica", avalia. O filme passará a fazer parte da programação dos festivais Mfi-Science no mundo, sendo exibido com o status de filme premiado.


"O primeiro lugar ficou com uma produção espanhola de mais de um milhão de dólares sobre gripe aviária. Perder para um filme assim não é perder, é ganhar", diz Vieira entre risos, referindo-se ao documentário Gripe aviaria: el avanzo em las especies. "Não é como o nosso caso: um computador e uma paixão", diz. "São pessoas que trabalham com orçamentos altíssimos", compara. O terceiro lugar ficou para a produção cubana La agricultura urbana em Cuba.

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