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12/01/2011

Edição de dezembro da revista 'Memórias do IOC' está disponível online


A última edição de 2010 da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz traz estudos inéditos sobre dengue, leishmaniose, rotavírus, dentre outros, já disponíveis para acesso gratuito online. O periódico encerra 2010 comemorando o avanço do fator de impacto, que saltou de 1,45 para 2,09 segundo a mensuração do Institute for Scientific Information (ISI). Clique aqui para acessar a nova edição.


 Imunofluorescência fotográfica que mostra Wolbachia (em verde) nas células de Malpighi de um mosquito <EM>Aedes aegypti</EM> transinfectado 

Imunofluorescência fotográfica que mostra Wolbachia (em verde) nas células de Malpighi de um mosquito Aedes aegypti transinfectado 


Um grupo de pesquisadores da Austrália e de Minas Gerais publicou resultados obtidos por um programa internacional de pesquisa que tem como objetivo avaliar o potencial uso da introdução de bactérias endosimbiontes (Wolbachia), em população de Aedes aegypti visando o controle da transmissão da dengue. A ideia é soltar no ambiente os mosquitos contendo estas bactérias em áreas de ocorrência da dengue. Os pesquisadores avaliaram o que uma comunidade do norte da Austrália pensa sobre este tipo de procedimento e descobriram que a principal preocupação estava relacionada com a segurança biológica. Por isso, diversos experimentos neste sentido foram realizados e o trabalho reporta todos os resultados obtidos até o momento, concluindo que a estratégia de se usar Wolbachia para o controle das doenças transmitidas por mosquitos é segura e eficiente para humanos, animais e o meio ambiente.


Também foi publicado nesta edição o artigo em que pesquisadores do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) apresentam um novo método para distinguir uma cepa do tipo selvagem da cepa da vacina para rotavírus. O trabalho discute a necessidade de estudos de monitoramento dos genótipos e da determinação da frequência das cepas de rotavírus circulantes nas diversas regiões do país. Isso é importante para a avaliação do impacto do esquema vacinal na prevalência dos genótipos mais comuns, no surgimento de cepas que “escapam” a imunização e na evolução da cepa selvagem.


Em outro estudo, pesquisadores do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos e do Laboratório de Transmissores de Leishmanioses do IOC registraram e analisaram os sons produzidos por machos da espécie Lutzomya migonei durante a cópula. Essa “música do amor’ apresenta uma série de pulsos curtos com intervalos entre eles. Isto tem sido demonstrado em outras espécies de insetos, cujos machos também cantam durante a cópula, como a Drosophila birchii e Drosophila serrata. Os mesmos autores já haviam estudado os sons produzidos por Lutzomya longipalpis durante a cópula e concluíram que diversos gêneros e espécies de flebotomíneos apresentam estas canções copulatórias, que são importantes para a escolha da fêmea e para o sucesso da inseminação.


Publicado em 10/1/2011.

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