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03/10/2006

Encontro sobre febre maculosa reúne profissionais de saúde


O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), uma unidade da Fiocruz, realiza nesta quinta-feira (05/10) uma reunião técnica sobre febre maculosa brasileira no Estado do Rio de Janeiro. O encontro debaterá os aspectos epidemiológicos e os avanços no diagnóstico da febre maculosa, conscientizando profissionais de saúde de todo o estado sobre a necessidade do diagnóstico precoce como forma de reduzir a letalidade da doença. O evento, organizado pelo Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC - que é laboratório de referência nacional para rickettsioses -, com apoio da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, da Vice-Presidência de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho e da Vice-Presidência de Serviços de Referência e Ambiente da Fiocruz, abordará temas como aspectos epidemiológicos, transmissão, diagnóstico e tratamento.


Causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida ao homem, principalmente, pelo carrapato-estrela infectado, a febre maculosa é uma doença infecciosa aguda que depende de um rápido diagnóstico para que os sintomas possam ser revertidos. No Brasil, há relatos de casos no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Segundo o Ministério da Saúde, 386 casos foram registrados no país nos últimos dez anos, com 107 óbitos. Com a maior concentração na região Sudeste, o Rio de Janeiro está na terceira colocação em número de incidência com 55 casos registrados, sendo que destes pacientes 24% morreram.


As manifestações clínicas iniciais, após um período de incubação médio de sete dias (podendo variar de dois a 15 dias), são semelhantes a outras doenças infecciosas febris. O surgimento de lesões exantemáticas na pele aumentam o grau de suspeição, muito embora existam casos nos quais este sinal pode não ser detectado – no caso de pacientes afro-descendentes, por exemplo. Apesar da existência de técnicas moleculares, microbiológicas e da imunohistoquímica,  o teste sorológico é a técnica mais disponível  nos laboratórios de referência. Considerando que a detecção de anticorpos, na maioria dos pacientes, somente é possível após o 14º dia de doença, o tratamento deve ser iniciado imediatamente à suspeita, antes mesmo da confirmação laboratorial. Caso o tratamento empírico e precoce, com base apenas no quadro clínico-epidemiológico, não seja iniciado, a infecção pode levar a morte em menos de dez dias.


A reunião, aberta à participação de profissionais de saúde e representantes das secretarias municipais de Saúde do estado, será realizada das 9h às 16h, no auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), no campus da Fiocruz em Manguinhos (Avenida Brasil 4.365).


Programação


9h às 9h30: abertura

Ary Miranda

Vice-presidência de Serviços de Referência e Meio Ambiente da Fiocruz

 

Claude Pirmez

Diretoria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC)

 

Aloysio Ribeiro Araújo

Diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro

 

9h30 às 10h: apresentação musical

Wendel, Brenda e Endéa, jovens músicos da comunidade Parque União, apresentam a performance de música erudita Os três irmãos

 

Apresentação

Susie Andrews

Universidade Federal do Rio de Janeiro

 

10h às 10h50: Febre maculosa brasileira: aspectos epidemiológicos

Gualberto Teixeira dos Santos

Assessoria de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro

 

10h50 às 11h15: Carrapatos reservatórios da febre maculosa

Gilberto Gazeta

Laboratório de Ixodídeos do IOC

 

11h15 às 11h35: Hospedeiros vertebrados na manutenção do ciclo da febre maculosa no Rio de Janeiro

Paulo Roberto de Almeida Barbosa

Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro

 

11h35 às 12h: discussão

 

13h às 14h15: Diagnóstico clínico e laboratorial / tratamento

Elba Lemos

Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC

 

14h15 às 14h55: Fluxo de material biológico para exames laboratoriais

Shirlei Ferreira Aguiar

Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels

 

14h55 às 15h20: Fluxo de material biológico na Fiocruz

Ana Beatriz Moraes da Silva

Vice-presidência de Serviços de Referência e Ambiente da Fiocruz

 

15h20 às 15h50: discussão

 

15h50 às 16h: encerramento

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