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20/05/2016

Ensp/Fiocruz desenvolve ações de vigilância em saúde na área de influência da Usina Hidrelétrica Itaocara

Informe Ensp


A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), por intermédio do Laboratório de Monitoramento Epidemiológico de Grandes Empreendimentos (LabMep), está desenvolvendo ações de vigilância em saúde nos municípios de Aperibé, Cantagalo, Itaocara, Pirapetinga e Santo Antônio de Pádua, localizados na área de influência da Usina Hidrelétrica Itaocara. A atuação baseia-se na elaboração do diagnóstico epidemiológico e entomológico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti nos últimos dez anos (entre 2006 e 2015). A iniciativa é coordenada pelo pesquisador Luciano Toledo, que participou de um workshop com os secretários de Saúde dos cinco municípios envolvidos, e o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES/RJ, Mario Sergio Ribeiro, na última quarta-feira (18/5). 

O diagnóstico desenvolvido pela Fiocruz apresenta dados sobre o histórico da contaminação por dengue em relação à distribuição temporal e territorial, identificação da sazonalidade, além de índices de contaminação por faixas etárias e sexo. Os pesquisadores do laboratório, que identificaram fragilidades na vigilância ambiental e discutiram com os municípios melhores estratégias para combater as doenças causadas por arbovírus, auxiliarão os técnicos locais no Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa). A cooperação também prevê a realização de atividades abertas à população, trazendo informações sobre as formas de prevenção e eliminação dos criadouros de larvas do mosquito.

"Os municípios apresentaram alguma fragilidade no controle vetorial, e isso preocupa. A implantação de um empreendimento do porte da usina trará mudanças na paisagem urbana e ecológica que impactarão as características de morbidade e mortalidade da região. Dentro desse perfil, entram as doenças transmitidas pelo Aedes”, detalhou Gerusa Gibson, pesquisadora colaboradora do LabMep/Ensp.

Entender a evolução das doenças nos últimos dez anos, ainda de acordo com ela, auxiliará o planejamento de ações futuras. "A ideia desse diagnóstico foi entender a evolução e o comportamento das doenças nesses últimos dez anos. O processo de transformação do espaço e do território trazidos pelo empreendimento exige melhores estratégias para aperfeiçoar as ações de monitoramento, controle, educação e mobilização social”, afirmou Gerusa, que teve a companhia do pesquisador Alexandre San Pedro.

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