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04/09/2008

Escola Politécnica lança livro sobre o processo histórico da formação para o trabalho

Juliana Chagas


O que faz milhares de jovens qualificados deixarem o Brasil para realizarem tarefas de baixa capacitação nos centros hegemônicos? Por que se fala tanto da crescente falta de trabalhadores para o trabalho complexo diretamente ligado à produção ao mesmo tempo em que milhares de jovens estão em busca de emprego? Essas e outras contradições são analisadas no livro O mercado do conhecimento e o conhecimento para o mercado, que será lançado no último dia do seminário Estado, sociedade e formação profissional em saúde. Vinte anos do SUS: contradições e desafios, que será promovido de 9 a 11 de setembro, na Escola Politécnica de Saúde da Fiocruz.



Na obra, as autoras Lúcia Maria Wanderley Neves e Marcela Alejandra Pronko, professoras-pesquisadoras da Escola, se propõem a refletir sobre as diversas contradições da inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho e como isto afeta a adoção de um projeto de educação concreto no país.


A partir do recorte específico do processo histórico de formação para o trabalho simples e complexo nas suas dimensões técnico-científica e cultural e política, a leitura nos revela o significado e os efeitos sociais e humanos da construção histórica do Brasil como uma sociedade de capitalismo periférico: uma sociedade que produz cada vez mais riqueza – a décima em termos de Produto Interno Bruto (PIB) –, mas não a distribui.


Publicado em 04/09/2008.

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