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09/08/2006

Especialista responde dúvidas sobre carrapatos


O carrapato de cães pode transmitir a febre maculosa? O que fazer para eliminar essas pragas? Muitas foram as dúvidas da população desde que pacientes com suspeita de terem contraído febre maculosa foram internados no Rio de Janeiro. Para esclarecer essas e outras questões, a Agência Fiocruz de Notícias (AFN) procurou o entomologista e pesquisador Anthony Érico Guimarães, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), que dá respostas às perguntas mais freqüentes sobre o assunto.

AFN: Como um cão que nunca saiu do apartamento pode ter carrapatos?
Anthony Érico Guimarães: O Rhipicephalus sanguineos, carrapato dos cães comum em todos os lugares, esconde-se em frestas e locais protegidos durante uma fase da vida. Quando sente necessidade de sangue para alimentação pode migrar de uma área para outra, subindo em paredes, móveis e demais utensílios domésticos. Se, por exemplo, esses carrapatos estiverem em um apartamento onde o cão parasitado foi retirado, eles poderão percorrer maiores distâncias até encontrar nova fonte de sangue, que poderá ser um cão que nunca saiu de um outro apartamento vizinho.

AFN: Como eliminar o Rhipicephalus sanguineos?
AEG: O cão deve ser banhado regularmente com produtos carrapaticidas. Também deve ser aplicado carrapaticida no entorno dos locais onde ficam os cães parasitados.

AFN: O Rhipicephalus sanguineos pode transmitir doenças ao cão e ao homem?
AEG: O cão pode transmitir a "babesiose canina" e a "erliquiose canina", que são causadas por bactérias. Entretanto, essas doenças não são transmissíveis ao homem. A doença que apresenta o maior risco aos seres humanos é a febre maculosa, que não é transmitida pelo carrapato dos cães e sim pelo Amblyomma cajennense, carrapato estrela, comum em cavalos e outros animais silvestres.

AFN: Como retirar o carrapato?
AEG: Os carrapatos não devem ser retirados da pele com os dedos e nem queimados com a ponta de um palito de fósforo. Isto pode causar a liberação de saliva do carrapato contendo a bactéria. O certo é removê-los com uma pinça, torcendo-os antes de puxar, conforme indicado pela ilustração abaixo:

 

 

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