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28/05/2007

Estado do Rio promove campanha de vacinação contra a rubéola


Até sábado (02/06) os 92 municípios fluminenses participam da Campanha Estadual de Vacinação contra a Rubéola, promovida pela Secretaria de Saúde e Defesa Civil, em parceria com o Minisitério da Saúde. Três milhões de doses da vacina estão disponíveis para a população de 20 a 34 anos de idade, de ambos os sexos. O objetivo da campanha é conter a epidemia de rubéola no estado. Já são 1.100 casos confirmados, sendo 70% em homens e 30% em mulheres. Este é o maior número de registros da doença no Rio de Janeiro desde que a vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) começou a ser aplicada em larga escala, em 1996. O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos) da Fiocruz produz o imunizante.


 Vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) produzida pela Fiocruz

Vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) produzida pela Fiocruz


A expectativa é vacinar 80% dos três milhões de adultos nessa faixa etária. Serão mobilizados 2.100 postos de vacinação fixos e volantes, que funcionarão das 8h às 17h, além de 300 veículos de apoio nos 92 municípios. A campanha contará, ainda, com dez mil voluntários. "Queremos eliminar a ocorrência da síndrome da rubéola congênita (SRC) e o risco de exportação da doença para outras cidades e estados onde há casos registrados", diz o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria, Victor Berbara. Quando a gestante contrai rubéola o bebê pode nascer com SRC, que se caracteriza por problemas como cegueira, catarata, surdez, alterações cardíacas e retardo mental.


“Um dos maiores problemas relacionados à epidemia é que 50% dos casos são assintomáticos. As pessoas não sabem, mas estão transmitindo o vírus causador da doença. A rubéola é uma doença extremamente severa ao feto quando infecta grávidas susceptíveis que podem adquirir a doença no ambiente de trabalho, no ônibus ou nas situações mais cotidianas”, explica a pesquisadora Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), uma unidade da Fiocruz. O laboratório é Centro de Referência Nacional do Ministério da Saúde para Viroses Exantemáticas, que incluem sarampo e rubéola. “Desde 1996, a vacina faz parte do calendário de rotina no Estado do Rio de Janeiro, sendo dada aos 12 meses de idade. No mesmo ano, foram vacinados crianças e adolescentes até 11 anos e em 2001 apenas mulheres em idade fértil. Isso explica porque a epidemia atual tem maior incidência em adultos e 70% casos confirmados são em homens”, conclui Marilda.


A vacina deverá ser tomada por todos os homens e mulheres entre 20 e 34 anos, exceto nos seguintes casos: gestantes; pessoas com deficiência imunológica congênita ou adquirida devido a tratamentos com imunosupressores, corticóides, antimetabólicos ou radiação; pessoas que já tenham demonstrado reação à vacina ou a um de seus componentes, como a neomicina; e pessoas com hipersensibilidade comprovada à proteína do ovo. Mulheres em idade fértil devem evitar engravidar nos três meses seguintes à vacinação. Em caso de suspeita de gravidez, recomenda-se adiar a vacinação até que seja confirmado o diagnóstico.


O Dia D da campanha ocorrerá em 2 de junho, quando será encerrada a vacinação. Nessa data, um sábado, haverá um esquema especial nos postos de saúde para atender a quem deixou para se vacinar na última hora.


Leia mais:


Verbete rubéola do Glossário de Doenças


A vacina produzida por Biomanguinhos

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