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10/07/2009

Estratégias de combate ao vetor da doença de Chagas

Pâmela Pinto


O pesquisador colombiano da Universidad de los Andes, Felipe Guhl, propõe medidas para reduzir a presença do vetor clássico da doença de Chagas na América Latina durante a palestra Triatomíneos silvestres: um novo desafio no controle da transmissão vetorial. A apresentação ocorreu na mesa-redonda Biologia do vetor e diversidade, no segundo dia do Simpósio Internacional de Chagas, no Hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio de Janeiro. 

 

Para Felipe Guhl, o desafio do controle da doença de Chagas consiste no equacionamento de aspectos técnicos e político-administrativos de um sistema permanente e sustentável de vigilância epidemiológica, com características de descentralização e constante supervisão. A interação desta estratégia com entidades internacionais de saúde garantirá o sucesso das ações no combate à doença, afirma o pesquisador. A melhoria da qualidade de vida rural, acompanhada de ampla participação comunitária, educação sanitária da população exposta e o tratamento dos casos agudos e crônicos recentes de infecção, complementados pela vigilância são outros fatores destacados.

 

O pesquisador aponta a urbanização como ferramenta importante para potencializar estas ações. Segundo Felipe, a melhoria das habitações (e do peridomicílio) reduz também o risco de reinfestação. Ele cita como exemplo a cobertura de casas, na Comlômbia e na Venezuela, feita com folhas de palmeira – “verdadeiros abrigos de triatomíneos, responsáveis pela entrada do inseto na casa também”, reforça.

 

De acordo com Felipe, para o desenvolvimento de novas estratégias de contenção do vetor na América Latina é necessário conhecer hábitos das espécies selvagens que se domiciliam em áreas rurais. Na última década, a mobilização dos países latinos no combate aos triatomíneos obteve êxito no Brasil, Chile e Uruguai, certificados pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas) por ter controlado o Triatoma infestans.


Publicado em 10/7/2009.

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