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25/02/2011

Estudo aponta alta prevalência de doenças da tireoide em idosos paulistas

Renata Moehlecke


Em estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, pesquisadores da Universidade de São Paulo avaliaram a prevalência de doenças da tireoide entre idosos moradores da cidade. A pesquisa contou com 1.373 participantes (60,8% mulheres) acima de 65 anos, que responderam a questionários e tiveram sangue coletado para dosagem de hormônio tireotrópico e tiroxina-livre. Os resultados indicaram que uma prevalência de disfunção tireoidiana e que a maioria dos consultados desconhecia o diagnóstico.


 Os resultados apontaram que a prevalência de doenças da tireoide em mulheres é similar a encontrada em outros países. No entanto, a prevalência em homens é maior, com muitos casos não diagnosticados

Os resultados apontaram que a prevalência de doenças da tireoide em mulheres é similar a encontrada em outros países. No entanto, a prevalência em homens é maior, com muitos casos não diagnosticados


“Doenças da tireoide são frequentes em idosos e os sintomas, como cansaço, fadiga, falta de concentração ou boca seca podem ser bem similares a outras reclamações associadas ao envelhecimento”, explicam os estudiosos. “A exclusão de disfunção tireoidiana é sempre um dilema considerando que apenas em um terço dos casos apresentam sinais e sintomas típicos da enfermidade”.


Segundo os pesquisadores, apesar da doença ser mais comum em mulheres, não houve diferenças na prevalência de doenças da tireoide por sexo. O hipertireoidismo clínico (conjunto de sinais e sintomas decorrentes do excesso de hormônios da tireoide) esteve presente em 0,7% dos entrevistados; já a prevalência do hipotireoidismo clínico (decorrente da diminuição dos hormônios) foi de 5,7%. No que se refere ao hipertireoidismo subclínico (no qual o paciente não exibe os sintomas da doença), a prevalência foi de 2,4%. Para o hipotireoidismo subclínico, 6,1%. 


“Nossos resultados apontaram que a prevalência de doenças da tireoide em mulheres é similar a encontrada em outros países. No entanto, a prevalência em homens é maior, com muitos casos de hipotireoidismo não diagnosticado”, destacam os pesquisadores. Eles elucidam que o isso pode ocorrer devido ao fato de que mulheres procuram mais por tratamentos médicos do que homens ou devido a algum preconceito de gênero relativo à doença. “As doenças da tireoide costumam ser mais frequentes em mulheres do que em homens, fazendo com que médicos examinem mais nelas as funções da tireoide”.


Publicado em 23/2/2011.

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