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15/12/2011

Estudo aponta alta prevalência de perda dentária em idosos de Botucatu, São Paulo

Renata Moehlecke


Pesquisadores do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz Pernambuco) e da Universidade de São Paulo investigaram fatores associados ao edentulismo (perda parcial ou total de dentes) em 372 idosos, acima de 60 anos, moradores de Botucatu (São Paulo). Para o estudo, publicado na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, eles também realizaram uma análise espacial da perda dentária no município, a fim de identificar as áreas mais problemáticas. Os resultados indicam uma prevalência de edentulismo de 63,17% e que as áreas periféricas da região são as mais afetadas.


 A pesquisa, publicada em revista científica da Fiocruz, apontou que a autopercepção de não necessitar de tratamento odontológico aumentou em 1,27 a chance de perda dentária. 

A pesquisa, publicada em revista científica da Fiocruz, apontou que a autopercepção de não necessitar de tratamento odontológico aumentou em 1,27 a chance de perda dentária. 





“A perda dentária se configura como um reconhecido e grave problema de saúde pública. Considerada como uma importante medida da condição de saúde bucal de uma população, essa perda possui forte efeito sobre a qualidade de vida das pessoas”, afirmam os pesquisadores. “Seus impactos podem ser expressos pela diminuição das capacidades funcionais de mastigação e fonação, bem como por prejuízos de ordem nutricional, estética e psicológica, com reduções da autoestima e da integração social”.



A pesquisa apontou que a autopercepção de não necessitar de tratamento odontológico aumentou em 1,27 a chance de perda dentária. “O fato de não ter um dentista regular e ter realizado a última consulta odontológica há três anos ou mais aumentou em 47% e 88%, respectivamente, a prevalência de edentulismo”, comentam os estudiosos. Além disso, ter diabetes e possuir alteração de tecidos moles elevou em 23% e 27% a prevalência do problema.



“A perda dentária nos grupos mais velhos expressa o resultado do processo cumulativo da cárie e doença periodontal e não apenas o efeito cronológico, mesmo com o gradual processo de envelhecimento e enfraquecimento das estruturas de suporte dentário”, explicam os pesquisadores. “O momento atual requer iniciativas direcionadas aos idosos de hoje, para quem possam viver com maior qualidade de vida, integrando a agenda de atenção à saúde bucal com vistas a dar respostas às suas necessidades presentes de tratamento restaurador e reabilitador”.


Publicado em 15/12/2011.

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