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31/05/2011

Estudo avalia percepção sobre práticas de educação em saúde para HIV positivos

Renata Moehlecke


Analisar as percepções dos profissionais de saúde sobre as práticas de educação em saúde realizadas por meio de ações coletivas com pessoas soropositivas para o HIV: esse era o principal objetivo de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). A pesquisa, que contou com a participação de 35 profissionais de saúde de cinco instituições de referência para o tratamento de HIV/Aids do município de Niterói, foi publicada na revista Trabalho, Educação e Saúde da Fiocruz.


 A pesquisa contou com a participação de 35 profissionais de saúde de cinco instituições de referência para o tratamento de HIV/Aids do município de Niterói. 

A pesquisa contou com a participação de 35 profissionais de saúde de cinco instituições de referência para o tratamento de HIV/Aids do município de Niterói. 


“Atualmente a epidemia de HIV/Aids está disseminada em todo o país e no mundo, infectando milhares de pessoas nos diferentes ciclos de vida. Deste modo, estratégias de prevenção, tanto individuais como coletivas, permanecem imprescindíveis para reduzir e controlar taxas de transmissão”, afirmam os estudiosos. “No entanto, cabe indagar até que ponto os serviços de referência ao acompanhamento de pessoas soropositivas para HIV, além de realizarem uma assistência de qualidade que garanta tratamento eficaz com antirretrovirais e controle da carga viral através de exames laboratoriais, fomentariam em proporções equitativas operacionalização de atividades de cunho preventivo, também extremamente importantes para o controle da epidemia”.


Segundo os pesquisadores, a adoção da educação em saúde faz com que as pessoas se envolvam em um processo de aprendizagem recíproca. “A educação em saúde é vista pelos profissionais como modos de ensino e aprendizado, repasse de informações, troca de ideias e experiências, bem como crescimento mútuo, processo reflexivo e participativo, que contribui para minimizar sofrimentos, trabalhar expectativas e emoções, além de promover cidadania e qualidade de vida”, comentam os estudiosos.


O objetivo seria, assim, garantir acesso às medidas de prevenção, bem como auxiliar a produção de cuidados integrais capazes de promover a saúde. “As pessoas soropositivas para o HIV apresentam histórias de vida peculiares, de difícil exposição e compartilhamento, fazendo-se imprescindível procurar entender o tempo diferenciado que cada um leva para se envolver na dinâmica de grupo, cujo processo deve ser vivenciado com o propósito de inclusão”, explicam os pesquisadores. “Visto que a participação progressiva nos encontros pode contribuir para que cada um trabalhe seus sentimentos, emoções e expectativas, com o decorrer do tempo torna-se possível viabilizar ações que transgridam o evento doença. Ações que possibilitem a promoção da saúde numa concepção abrangente e que incentivem perspectivas de autocuidado, autopercepção, autorrespeito, autonomia e cidadania”.


Publicado em 27/5/2011.

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