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10/07/2009

Estudos genéticos podem ajudar a prever a cardiomiopatia em portadores da doença de Chagas

Pamela Lang


Os pacientes que ainda estiverem no estágio inicial da doença de Chagas poderão saber se vão ou não desenvolver a forma mais grave da doença, a cardiomiopatia. É o que sugere o estudo desenvolvido por pesquisadores de Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apresentado durante o Simpósio Internacional Comemorativo do Centenário da Descoberta da Doença de Chagas, que ocorre até esta sexta-feira (10/7) no Hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio de Janeiro.



A cardimiopatia é uma forte resposta inflamatória do organismo que acaba levando à falência cardíaca e é  uma das principais causas de mortalidade em portadores da doença de Chagas. Diversos estudos sugerem que essa resposta inflamatória é um dos pontos críticos na transição da forma assintomática da doença para a sua forma sintomática (forma cardíaca) e que as características das respostas imunológicas do portador durante a fase inicial da infecção, especialmente na fase crônica, é essencial para se avaliar a evolução clínica do caso.



Como a relação entre expressão das moléculas que controlam o processo inflamatório e as respostas imunológicas são influenciadas pelo poliformismo genético, pesquisadores da UFMG investigaram a ocorrência de poliformismo em genes responsáveis pela resposta imunológica do organismo em pacientes chagásicos.



Ao todo, 155 pacientes com formas clínicas diferentes da doença foram submetidos ao estudo. Os resultados indicaram uma forte relação do poliformismo encontrado no gene IL-10 (alelo -1082 G/A) com a cardiomiopatia presente nos pacientes estudados, o que sugere que a aplicação de testes genéticos pode ajudar a prever a evolução clínica da doença.


Publicado em 10/7/2009.

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