Início do conteúdo

21/11/2016

Evento internacional discute resistência de vetores a inseticidas

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)


O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) é anfitrião de um workshop internacional que reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros em torno dos desafios da resistência aos inseticidas em insetos transmissores de doenças. A iniciativa Insecticide resistance in vectors of emerging arboviruses: challenge and prospects for vector control apresentará as perspectivas das pesquisas voltadas para o controle de vetores de arboviroses emergentes, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O evento acontece entre os dias 5 e 8 de dezembro, no hotel Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro (Av. Lúcio Costa, 5.400). O workshop é promovido pela Rede Win (Worldwide Insecticide Resistance Network), composta por pesquisadores de 16 instituições reconhecidas internacionalmente, incluindo o IOC. 

Pesquisadores, estudantes, gestores em saúde pública, representantes da indústria e demais profissionais interessados no tema podem se inscrever até o dia 25 de novembro, na página da Rede. A submissão de trabalhos para apresentação na sessão de pôsteres pode ser feita no momento da inscrição. As atividades serão realizadas apenas no idioma inglês, com tradução simultânea.

Dentre os mais de 30 palestrantes provenientes de 20 países, estão representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) e do Centro Nacional para a Pesquisa Científica (CNRS), da França, além da Universidade de Oxford, da Inglaterra, Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, Instituto Pasteur da Guiana, Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Evandro Chagas, do Pará.

Pesquisador do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do IOC, Ademir Martins destaca que o workshop deve reforçar a conscientização sobre o tema, mobilizar recursos e ampliar a capacidade de monitoramento da resistência. “A resistência a inseticidas é uma ameaça ao controle de insetos vetores. Investimentos na pesquisa básica e translacional poderão melhorar o monitoramento da efetividade dos inseticidas e a manutenção desses compostos enquanto opção viável de controle”, enfatiza Martins, um dos coordenadores da iniciativa e membro do comitê executivo da Rede Win. Ainda de acordo com o especialista, as metas do encontro incluem a proposta de revisão das ferramentas e estratégias para o controle dos vetores, o estímulo a parcerias público-privadas para a inovação em produtos e o alinhamento de planos estratégicos para a gestão da resistência aos inseticidas.

Realização

A organização do workshop conta com o apoio dos ministérios da saúde do Brasil e da França, entre outros países, do Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais da Organização Mundial da Saúde (TDR/OMS), do CDC, das instituições francesas IRD e CNRS e da iniciativa privada.

Voltar ao topo Voltar