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18/05/2009

Evolução da dengue em Pernambuco é tema de livro

Bruna Cruz


Ao longo dos últimos anos, o Brasil vem registrando o aumento do número de casos de dengue e de sua gravidade. Em Pernambuco, a evolução da endemia foi alvo de estudo científico e se tornou recentemente a publicação Vinte anos da evolução da dengue no Estado de Pernambuco. O livro é fruto da tese de doutorado em saúde pública de Marli Tenório, pesquisadora colaboradora do Departamento de Virologia e Terapia Experimental da Fiocruz. Ao longo de oito capítulos, a obra aborda a origem e a evolução da doença no estado, fornecendo elementos para o planejamento de estratégias de prevenção e de controle pelos serviços de saúde. "Analisamos os aspectos epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e virológicos das epidemias ocorridas em 1987, quando o vírus foi introduzido no estado, até 2006. Esperamos que as informações possam ajudar a esclarecer aspectos importantes da doença", comenta a autora. Ela conta, ainda, que os dados são fruto da articulação de uma pesquisa epidemiológica com a clínica e de base laboratorial.



O primeiro capítulo traz um breve referencial sobre o vetor da dengue (Aedes aegyti), os vírus que a causam, os aspectos e as formas clínicas e de diagnóstico da doença. O seguinte traz informações sobre a origem e a evolução da dengue em Pernambuco e sobre o período de silêncio epidemiológico (1998-1994), quando não foram registrados casos da doença. O terceiro capítulo volta a abordar a sua evolução partir de 1995, com uma nova epidemia causada pela introdução de um novo sorotipo (tipo 2). Ele também apresenta a distribuição dos casos notificados por município e regiões do estado. O capítulo quatro analisa os casos de dengue por sexo e idade, enfatizando o aumento do número de casos entre menores de 15 anos de idade, principalmente das formas graves da doença.


A quinta parte do livro discute as principais manifestações clínicas da doença, com destaque para as manifestações da febre hemorrágica e dos casos com manifestações neurológicas. Já o capítulo seis traz a caracterização genética dos vírus isolados em Pernambuco, apontando o potencial epidêmico de cada genótipo e sua associação com as manifestações mais graves da doença. Os capítulos finais fazem recomendações e trazem proposições de ações e de atividades de vigilância epidemiológica para o enfrentamento da enfermidade no país. 

 Entre os co-autores da obra, que foram os orientadores da tese de Marlio, estão Eduardo Freese, da Fiocruz Pernambuco, Hermann Scharzmayr e Rita Nogueira, ambos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Impresso pela Editora Universitária da UFPE com apoio da Secretaria de Saúde de Pernambuco, o livro está sendo distribuído para bibliotecas e universidades.


Publicado em 18/5/2009.

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