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28/09/2010

Expedição vai a Florianópolis investigar a transmissão de leishmaniose em área rural

Renata Fontoura


Um grupo de oito especialistas reunidos pela Rede de Laboratórios de Referência em Leishmaniose da Fiocruz chegará a Florianópolis no próximo sábado (25/9). O objetivo da expedição é investigar o ciclo de transmissão e a origem de casos autóctones da doença confirmados em cães na área rural da capital catarinense. Cinco pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) – dos laboratórios de Biologia de Tripanossomatídeos e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios – participarão da iniciativa, investigando os reservatórios silvestres do protozoário Leishmania sp., agente causador da doença. Pesquisadores de outras unidades da Fiocruz, também ligados à rede, investigarão aspectos relacionados aos insetos da família dos flebotomíneos, vetores da leishmaniose.


 A imagem exibe célula do sistema imunológico infectada por parasitos do genêro Leishmania (pontos menores), causadores da doença transmitida ao homem por insetos (Foto: Victor Barreto/IOC)

A imagem exibe célula do sistema imunológico infectada por parasitos do genêro Leishmania (pontos menores), causadores da doença transmitida ao homem por insetos (Foto: Victor Barreto/IOC)


“Este tipo de iniciativa é parte da rotina da Rede de Laboratórios de Referência em Leishmaniose da Fiocruz. No caso de Florianópolis, já que não existiam registros da doença na região, fomos acionados pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para realizar uma investigação multidisciplinar que poderá contribuir para o direcionamento das ações de controle da transmissão”, explica a pesquisadora Elisa Cupolillo, do Laboratório de Pesquisa em Leishmaniose do IOC e coordenadora da Rede de Laboratórios de Referência em Leishmaniose da Fiocruz.


O pesquisador André Roque, do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos do IOC e coordenador do grupo de reservatórios na rede, ressalta a importância da investigação. “O ciclo de transmissão da Leishmania já envolve naturalmente mamíferos e vetores silvestres. Os vetores, ao adquiriem a infecção de mamíferos silvestres parasitados, se tornam transmissores. O objetivo é examinar esses mamíferos e identificar uma possível ligação entre o ciclo silvestre de transmissão e a infecção doméstica em cães”, destaca Roque. “Serão cinco dias de trabalho no campo e o relatório técnico das atividades deve ficar pronto em 30 dias”.


Publicado em 20/9/2010.

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