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08/05/2018

Experiências de Ciência Aberta são tema de novo livro

Raíza Tourinho (Cidacs/Fiocruz Bahia)


As estratégias internacionais de implantação e promoção da Ciência Aberta são tema do Livro VerdeCiência aberta e dados abertos: mapeamento e análise de políticas, infraestruturas e estratégias em perspectiva nacional e internacional, elaborado pelo Grupo de Trabalho em Ciência Aberta da Fiocruz. A publicação sistematiza e analisa as experiências de oito países e da União Europeia em dados abertos.

A publicação destaca o papel estratégico das agências de fomento, que passaram a exigir planos de gerenciamento de dados para o financiamento de projetos de pesquisa e ressalta que, na administração pública, as políticas de abertura de dados governamentais estão voltadas para a transparência pública, o acesso à informação e à participação social do cidadão. O trabalho é resultado de uma pesquisa que pretende gerar subsídios para a formulação de diretrizes institucionais para gestão e abertura de dados científicos e a implantação de práticas da ciência aberta na Fiocruz.

“Optamos por denominá-lo de Livro Verde devido ao caráter dinâmico do tema, visto que novas iniciativas da Ciência Aberta surgem a todo momento”, comenta a coordenadora do GT e uma das organizadoras do estudo, Paula Xavier. Segundo a pesquisadora, em breve, a obra será disponibilizada em formato que permita a contribuição de novos colaboradores. O livro está disponível em Acesso Aberto no repositório institucional da Fiocruz, o Arca.

A publicação é um dos primeiros produtos do Grupo de Trabalho em Ciência Aberta da Fiocruz (GTCA), iniciado em março de 2017 sob coordenação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e financiamento do Ministério da Saúde através da Plataforma Zika, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia). O GTCA também está vinculado ao Observatório em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, da Fiocruz. Já o projeto Plataforma Zika, cujo principal objetivo é pesquisar as consequências do vírus no desenvolvimento infantil pelas próximas décadas, será um dos pilotos da aplicação de boas práticas da Ciência Aberta na Fiocruz.

Colaboração científica

Além da abertura de dados científicos, a Ciência Aberta abarca diferentes práticas como o acesso aberto a publicações e aos processos de pesquisa. Alguns dos benefícios de uma ciência colaborativa, segundo o livro verde, são a melhoria da “capacidade de reprodutibilidade da pesquisa, maior transparência do financiamento público, aumento da velocidade de circulação da informação como insumo para o progresso da ciência e reuso de dados em novas pesquisas”. Isso resultaria em uma ciência “de maior qualidade, com progressos mais rápidos e alinhados às necessidades das sociedades”.

A estratégia para a promoção da Ciência Aberta na Fiocruz é aliar pesquisas sobre o tema à implantação de práticas da Ciência Aberta em projetos piloto, criando a base para uma ação estruturada. Estão previstas para o ano de 2018, a publicação de estudo sobre marcos legais para abertura e uso de dados na pesquisa em saúde, recomendações para a implantação da abertura de dados na Fiocruz, além de diretrizes para a implantação dos dados abertos no Cidacs.

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