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13/11/2012

Fiocruz analisa impacto das mudanças climáticas no Nordeste

Informe Ensp


A Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), irá promover um estudo da vulnerabilidade socioambiental da população dos municípios baianos inseridos na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, no bioma da caatinga. Segundo a projeção do relatório especial sobre Gestão dos Riscos de Eventos Extremos e Desastres para o Avanço da Adaptação às Mudanças Climáticas (SREX), do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) para a América do Sul, há indícios da vulnerabilidade da Região Nordeste frente às mudanças climáticas, e as projeções indicam aumento da seca na região. 


 Realizado por pesquisadores do CPqRR, da Ensp e do IOC, o estudo tem como objetivo sintetizar aspectos ambientais, sociais e de saúde humana sensíveis à variabilidade climática. 

Realizado por pesquisadores do CPqRR, da Ensp e do IOC, o estudo tem como objetivo sintetizar aspectos ambientais, sociais e de saúde humana sensíveis à variabilidade climática. 


Estudo da Vulnerabilidade Socioambiental da População dos Municípios Baianos Inseridos na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco no Bioma Caatinga aos Impactos das Mudanças Climáticas é o título do projeto coordenado pelos pesquisadores Martha Barata (IOC), Ulisses Confalonieri (CPqRR) e Diana Marinho (Programa de Mudanças Ambientais Globais e Saúde (PAMGS) da Ensp). O trio já foi responsável pela publicação de um trabalho semelhante no Rio de Janeiro: o Mapa da Vulnerabilidade da População do Estado do Rio de Janeiro aos Impactos das Mudanças Climáticas nas Áreas Social, Saúde e Ambiente, cujo objetivo foi sintetizar aspectos ambientais, sociais e de saúde humana sensíveis à variabilidade climática, associados a cenários futuros de mudança global do clima, considerando os dados climáticos de 1960-1990 e os projetados para o período 2010-2040. 


Segundo a pesquisadora da Ensp, Diana Marinho, além do relatório do IPCC, diversos outros estudos apontam o Nordeste, principalmente a região da caatinga, como o mais afetado pela mudança climática. Portanto, o estudo tem o objetivo de medir a vulnerabilidade desses municípios com a mesma lógica de trabalho realizada no Rio de Janeiro.


“Trabalharemos na mesma lógica do mapa no RJ, mas com algumas diferenças relacionadas à realidade dos municípios baianos e a implementação do Índice de Tendência Demográfica, um trabalho desenvolvido pelo René Rachou com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG. Ele cria uma tendência demográfica de acordo com o movimento migratório no Nordeste. Podemos analisar as tendências da migração na região e funcionar como uma espécie de alerta para a população.”


O projeto irá analisar 89 municípios (a cidade de Petrolina, no Estado de Pernambuco, também foi incluída). Outro aspecto importante a ser verificado será a água. Segundo Diana, a bacia hidrográfica é importante para a vida das pessoas, e o trabalho pretende verificar o quanto o aumento da temperatura e a degradação ambiental podem prejudicar o rio e comprometer a vida das pessoas. Além disso, o trabalho também prevê a realização de oficinas locais com a população. 


O estudo será realizado a partir de um edital da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e terá a duração de dois anos.



Publicado em 13/11/2012.

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