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01/07/2010

Fiocruz assina acordo para implantação de unidade no Parque Tecnológico de BH


Dois eventos envolvendo o Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/Fiocruz Minas) e considerados marcos para o desenvolvimento da ciência e tecnologia em Minas Gerais e no país foram realizados nesta segunda-feira (28/6). A assinatura de um acordo deu início definitivo à instalação do Centro de Pesquisa no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH TEC). Agora o CPqRR começará um processo que culminará na transferência de toda a estrutura da Fiocruz Minas para um parque com mais de 550 mil m² e que abrigará diferentes instituições de pesquisa e desenvolvimento. No local, a Fundação investirá nos próximos anos na construção de prédios administrativos e de laboratórios. Para assinar o acordo, autoridades e dirigentes das instituições envolvidas e representantes de empresas voltadas para a pesquisa estiveram presentes ao espaço onde está sendo construído o prédio administrativo do BH TEC, um lugar em obras e que fica de frente para o terreno cedido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ao Centro de Pesquisa René Rachou.


 Operários trabalham em canteiro de obras do BH TEC

Operários trabalham em canteiro de obras do BH TEC


Na ocasião, foi lançado um edital de chamada para as empresas interessadas em se instalar no BH TEC. O objetivo do edital é selecionar empresas de base tecnológica e empreendimentos de ciência e tecnologia voltados para a produção de bens e serviços tecnológicos, a serem instalados no edifício institucional do BH TEC, por contrato de locação com prazo de três anos, renováveis pelo mesmo período. As empresas poderão requerer áreas de 30 a 400 m².


O acordo foi assinado pelo prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda; pelo vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Pedro Barbosa; pelo diretor do CPqRR, Rodrigo Corrêa; o reitor da UFMG, Clélio Campolina; pelo secretário-adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Evaldo Vilela; pelo presidente do BH TEC, Francisco César de Sá Barreto; e pelo presidente do Conselho Administrativo do BH TEC, Mauro Borges Lemos.


O BH TEC vai abrigar grandes centros de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico e reunir empresas e instituições de inovação e tecnologia em um mesmo lugar. A Fiocruz Minas vai investir R$ 80 milhões. Para o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Pedro Ribeiro Barbosa, o objetivo é elevar o padrão de conhecimento, fazendo com que iniciativas como o BH TEC minimizem as vulnerabilidades em âmbito nacional e de Minas Gerais. A Fiocruz vai contribuir para a dinamização do BH TEC, agregando conhecimento e tecnologia. “Em pouco tempo nós faremos diferença para a cidade de Belo Horizonte, o estado e o país”, garantiu.


Segundo o secretário-adjunto de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Evaldo Vilela, “esse é um dia emblemático porque nos dá certeza do sucesso do BH TEC”, disse. Vilela destacou também os outros dois parques tecnológicos que serão inaugurados em 2010, assim como o Parque Tecnológico de Belo Horizonte. “Ainda em 2010 nós inauguraremos os parques tecnológicos de Itajubá, Viçosa e Belo Horizonte, este último representado pelo seu prédio institucional. Já um marco para o Parque Tecnológico de Belo Horizonte é o acordo assinado hoje com a Fiocruz Minas, a primeira empresa pública que vai se instalar no Parque Tecnológico de Belo Horizonte, uma plataforma tecnológica para produzir fármacos e vacinas. É definitivamente a empresa âncora do BH TEC”, disse.


Durante o evento, o prefeito Márcio Lacerda afirmou que a Prefeitura de Belo Horizonte “se compromete a intensificar o seu trabalho para que tenhamos mais resultados”, disse. Segundo o prefeito, o grande desafio do país é que o conhecimento gere produtos inovadores. “E o trabalho de um centro tecnológico como esse, ancorado ao trabalho intelectual de diversas universidades, vai ajudar a recuperar o déficit na balança de serviços na área de saúde, por exemplo, na solução de problemas como as doenças tropicais”, afirmou.


O presidente do BH TEC, Francisco César Sá Barreto, destacou o apoio integral do Governo do Estado para a implantação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte. “Destaco a visão de futuro de todos que contribuem para a implantação do BH TEC e o apoio integral do Governo de Minas. Esse é um projeto inovador e por essa razão não são coisas fáceis de serem implementadas”, disse.


O passo inicial para futura instalação da Fiocruz Minas no parque tecnológico foi dado com assinatura do termo de compromisso entre a unidade mineira e as instituições responsáveis pelo projeto, em outubro do ano passado. O investimento total da Fiocruz no BH TEC é de R$ 80 milhões na construção e habitação da sede do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde de Minas Gerais (CDTS-MG), que integrará o complexo arquitetônico da Fiocruz Minas. De acordo com o diretor do Centro de Pesquisa René Rachou, Rodrigo Corrêa, o “Centro de Pesquisa vê sua inserção no BH TEC como um marco importante para uma nova etapa de integração da Fiocruz no complexo econômico-industrial da saúde e de ciência, tecnologia e inovação de Minas Gerais e especialmente da região metropolitana de Belo Horizonte, aproximando ainda mais as empresas, instituições acadêmicas e sociedade para o cumprimento da sua missão institucional”, afirmou.


BH TEC


O Parque Tecnológico de Belo Horizonte é uma ação do Governo de Minas, por meio da Sectes, em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O BH-TEC é uma das ações da Rede de Inovação Tecnológica (RIT), projeto estruturador do Governo de Minas coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e que está investindo mais de R$50 milhões na criação de parques tecnológicos.


O BH TEC ocupa uma área de 556 mil m² na Pampulha, sendo 371 mil m² de área de preservação ambiental e 185 mil m² para construção pelas empresas que integrarão o projeto. É uma associação privada de caráter científico, tecnológico e educacional, sem fins lucrativos, fundada em maio de 2005, com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento científico-tecnológico, econômico e social.


A função do parque tecnológico é receber empresas de base tecnológica, que vão desenvolver novos produtos, inovações e processos, a partir do conhecimento científico, em geral produzido em universidades. Estão sendo investidos R$ 24,5 milhões pelo Governo de Minas para a implantação do prédio institucional, local onde vai funcionar a administração central do BH TEC. A UFMG cedeu o terreno, no valor de R$ 20 milhões, e R$ 20 milhões da Prefeitura de Belo Horizonte para as obras de infraestrutura no terreno.


Nos parques tecnológicos que estão sendo implantados, como em Viçosa, Itajubá, Lavras e Belo Horizonte, o Governo de Minas vai entregar, além da estrutura física, a estrutura logística da gestão e governança dos parques, afinal, as empresas que serão instaladas nos parques têm como principal objetivo gerar produtos novos, inovadores, e não apenas reproduzir produtos como em um distrito industrial. Já foram atraídos 19 empreendimentos para os parques tecnológicos mineiros.


Segundo Evaldo Vilela, “para que nós tenhamos empresas inovadoras, que utilizem intensamente tecnologias e conhecimento, pelas características dos parques tecnológicos, como a proximidade com importantes universidades, e pelo avanço que representam, os parques são ambientes propícios para que o estudante de pós-graduação, o professor e o pesquisador possam desenvolver novos conhecimentos aplicados às necessidades do mercado”, definiu.


Publicado em 29/6/2010.

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