23/10/2013
O terceiro dia (23/10) da 10° Semana Nacional de Ciência e Tecnologia começou movimentado na Arena da Saúde, no estande da Fiocruz, em Brasília. Cerca de 20 turmas participaram das brincadeiras durante o período da manhã. Adolescentes e adultos, em grupos menores, também estiveram nas atividades.
Um minuto e vinte e quatro segundos contra um minuto e quinze segundos. Por nove segundos, a estudante Aline Fernandes, 16 anos, do Centro Educacional 4 de Samambaia, venceu a colega Karine Fernandes, 17 anos, no jogo Maratona Contra a Dengue. “A brincadeira cronometrada mostrou que a gente precisa mesmo correr contra o tempo para combater a dengue”, disse a ganhadora. Para Karine, o mais importante foi aprender que as caixas d´água também podem ser criadouros do mosquito Aedes aegypti. “A agente aprende muita coisa, em pouco tempo, e o melhor, brincando”, resumiu.
Leptospirose e esquistossomose foram as novas doenças que a estudante Mariana Oliveira, de 14 anos, do CEF 5 de Brasília, na 408 sul, aprendeu. Na brincadeira Natação dos Vetores, a garota identificou, sem errar, todos os vetores da Doença de Chagas, Malária, Dengue e Leishmaniose. “Essa brincadeira é muito interessante. A Fiocruz deveria levar para as escolas”, sugeriu.
A professora de enfermagem do Senac, Lídia Silva, 30 anos, comparece todos os anos no estande da Fiocruz e lembra com detalhes das atividades da instituição nas últimas três edições do evento. “Venho sempre na Semana de Ciência e Tecnologia e não deixo de visitar a Fiocruz. Inclusive, semana passada estive no Rio de Janeiro, no Museu da Vida”, conta.
Ela participou da Natação dos Vetores e do Basquete da Sustentabilidade. “Vocês encontraram uma maneira lúdica de ensinar. Poder aproximar o conhecimento em saúde das crianças e jovens é o desafio que temos em sala de aula por conta da estrutura formal do ambiente. Assim, facilita muito o aprendizado”, concluiu.
Para Tayllon Lima, de 10 anos, do 5º ano da Escola Classe 1, da Candangolândia, o Basquete da Sustentabilidade revisou o conteúdo aprendido em sala de aula. “Não foi difícil”, disse o menino, que ganhou o jogo de três perguntas acertando duas. Os amigos e os outros estudantes que visitavam o estande sopravam as respostas. “Não precisa me dizer, eu já sei”, repetia.
A professora do 3º ano, da Escola Classe 1, da Candangolândia, Ana Paula Moreira, deixou o estande da Fiocruz com 17 crianças eufóricas para brincar mais. A agitação da turma exigiu uma explicação da mestra: “gente, daqui a pouco temos que ir embora para casa e não visitamos nenhum outro lugar da feira”, disse.
As atividades da Arena da Saúde da Fiocruz foram criadas especialmente para a 10° SNCT em Brasília, em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS). A participação da instituição na Capital Federal é coordenada pela Fiocruz Brasília.
7ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA)
No período da tarde será o lançamento da 7ª edição da Olimpíada na X Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Brasília. Haverá apresentações culturais e ex-participantes das edições anteriores da Olimpíada de escolas do DF para contar sobre as experiências em relação ao projeto. A coordenadora nacional da OBSMA, Cristina Araripe, e a coordenadora da regional Centro-Oeste, Luciana Sepúlveda, também estarão presentes.
A OBSMA, projeto educativo da Fiocruz, está presente na SNCT em duas capitais brasileiras, simultaneamente: Brasília e Rio de Janeiro, que recebem a Mostra Olímpica, compilação dos trabalhos premiados na última edição da Olimpíada. Um vídeo com o resumo dos projetos e banners com os destaques nacionais da 6ª OBSMA estarão expostos na área externa do Museu da Vida, no Rio de Janeiro, e no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, de 21 a 25 de outubro. A Mostra Olímpica é realizada com o apoio do CNPq e já esteve em Recife no mês de julho, durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Criado em 2001, a OBSMA é um projeto da Fiocruz, em parceria com a Abrasco, que possui abrangência nacional. A cada dois anos recebe, avalia e divulga atividades desenvolvidas por professores e alunos em sala de aula. A Olimpíada contempla os projetos realizados por alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ao 4º ano do Ensino Médio – incluindo os ensinos profissionalizante e de jovens e adultos (EJA) -, nas modalidades Produção Audiovisual, Produção de Texto e Projeto de Ciências.
