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31/03/2017

Fiocruz Brasília debate pesquisa e inovação durante Renezika

Mariella Oliveira-Costa (Fiocruz Brasília)


“É preciso integrar o conhecimento sobre o zika vírus”. Esta foi uma das observações apontadas pelo vice-diretor da Fiocruz Brasília, Wagner Martins, durante o 3º Encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas (Renezika). O evento foi realizado nos dias 29 e 30 de março, em Brasília, com participação de quase 300 pessoas, entre pesquisadores, gestores, empresários e trabalhadores da saúde.

Martins foi um dos palestrantes do painel temático sobre pesquisa e inovação em dados abertos. Ele apresentou uma ferramenta de inteligência cooperativa para políticas públicas, a plataforma de vigilância de longo prazo para a síndrome de zika. A plataforma foi desenvolvida pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz, sob a coordenação do pesquisador da Fiocruz Bahia Maurício Barreto e está localizado em Salvador.

 O Cidacs agrega diferentes bases de dados nacionais e vai acompanhar os dados da situação de saúde de 100 milhões de brasileiros cadastrados nos programas sociais do governo federal. Esses dados são provenientes do Cadastro Único, essencial para o acesso da população aos programas sociais do governo federal e que permite que os pesquisadores acompanhem os dados de todos os membros de uma família. A partir desta população, será possível realizar o acompanhamento, a longo prazo, das condições de vida e saúde das crianças que contraíram zika, por exemplo.

A partir do Cidacs, será possível responder a questões científicas e relacionadas à gestão em saúde. Para isso, Martins ressaltou a importância da inteligência cooperativa entre os pesquisadores. “Dos 277 inscritos previamente neste evento, 47 tem publicações sobre zika, então pode-se pensar em pesquisas que agreguem esforços de diferentes pesquisadores, utilizando dados abertos ”, afirmou.

Foram apresentados ainda trabalhos dos pesquisadores de outras unidades da Fiocruz:  Constância Ayres e Rafael França (Fiocruz Pernambuco), Ricardo Lourenço (Instituto Oswaldo Cruz), Marcos Freire e Samuel Goldenberg (Fiocruz Paraná), Luis Carlos Alcantara e Isadora Siqueira (Fiocruz Bahia) e Mayumi Wakimoto (Instituto Nacional de Infectologia).

Durante o evento, o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou investimento de R$ 135 milhões para reabilitação e pesquisas na área de doenças causadas pelo Aedes aegypti.

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