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12/09/2011

Fiocruz capacita estudantes indígenas para a gestão da informação

Ana Paula Gioia Lourenço


Despertar o interesse pela pesquisa em estudantes universitários e capacitá-los para o manejo de ferramentas de informação e informática e das bases nacionais de informação sobre as condições de vida e saúde de grupos indígenas amazônicos. Este foi o objetivo do curso gestão da informação e desenvolvimento sustentável em saúde indígena, oferecido pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) para estudantes indígenas de instituições de ensino superior de Manaus, em duas fases, no mês de agosto. O curso é parte do conjunto de atividades e metas previstas no projeto Saúde indígena: condições de vida, vulnerabilidade e agravos em povos amazônicos, liderado por Luiza Garnelo.


 O curso foi definido, de modo participativo, a partir de discussões realizadas entre a coordenação do projeto e estudantes indígenas de nível superior, filiados ao Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas

O curso foi definido, de modo participativo, a partir de discussões realizadas entre a coordenação do projeto e estudantes indígenas de nível superior, filiados ao Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas


O conteúdo sobre o manejo das ferramentas e acesso às bases de dados foi ministrado por Sylvain Desmouliére e Felipe Costa, com destaque para os assuntos: teoria sobre organização e armazenamento de dados; planilhas eletrônicas e bancos de dados; bases de dados demográficas e de saúde disponíveis na web (DataSUS e IBGE); dados geográficos e de sensoriamento remoto; bases de dados geográficos disponíveis na web (Inpe, MMA); uso de softwares livres para manipulação de dados geográficos (Quantum GIS); teoria e prática de mapas mentais; uso de ferramentas de compartilhamento de dados e colaboração na edição de documentos (DropBox, Google Docs).


Nos dias 23, 24 e 25 de agosto houve discussões a partir da temática agravos, endemias e territórios na Amazônia, quando foram apresentados projetos já desenvolvidos, que abordaram as relações saúde, ambiente e condições de vida por meio do enfoque de espacialização de informações em saúde, sendo eles: curso de agente comunitário indígena de saúde (Acis), pelo especialista Sully Sampaio; geografia da saúde, por Antônio Levino; espacialização da hanseníase em Manaus, por Elsia Imbiriba; abandono de tratamento de tuberculose em São Gabriel da Cachoeira, por Rosilene Martins; e saúde indígena: condições de vida, vulnerabilidade e agravos em povos amazônicos, por Luiza Garnelo.


O curso foi definido, de modo participativo, a partir de discussões realizadas entre a coordenação do projeto e estudantes indígenas de nível superior, filiados ao Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam), cujo objetivo foi identificar demandas e necessidades de capacitação no campo da informação em saúde. “As demandas trazidas pelos estudantes enfatizavam principalmente o uso dado para os conhecimentos a serem adquiridos no curso, posto que, desejavam aprimorar sua qualificação para a gestão de projetos desenvolvidos no movimento indígena”. Saiba mais sobre o projeto aqui.


Publicado em 9/9/2011.

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