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10/07/2006

Fiocruz colabora na capacitação da prevenção de hepatites virais


O Ministério da Saúde (MS) promove até esta quinta-feira (13/07), em Brasília, a segunda capacitação direcionada a organizações da sociedade civil que atuam na prevenção das hepatites virais. Organizada pelo Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV), o evento conta com a participação de 22 organizações da Região Sudeste. A primeira capacitação, em maio, contou com 20 grupos do Sul do país. Esta capacitação tem como parceiras a Fiocruz, a Associação Brasileira de ONGs (Abong), o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Movimento de Reintegração das Pessoas Portadoras da Hanseníase (Morhan) e a área de articulação com a sociedade do Programa Nacional de DST/Aids do MS.


Integram o programa do encontro apresentações sobre a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), aspectos do seu funcionamento e os desafios apresentados aos gestores federal, estaduais e municipais. Assuntos referentes ao movimento social brasileiro, suas características e expectativas também estão sendo debatidos. Além disso, exemplos bem-sucedidos de segmentos da sociedade civil organizada no controle social de ações de saúde pública nas áreas de hanseníase e aids serão apresentados.


Em uma segunda etapa do programa da capacitação, conteúdos sobre planejamento estratégico, missão institucional, avaliação e monitoramento de ações serão ministrados. O objetivo é aprimorar a atuação das organizações não governamentais (ONGs), principalmente na elaboração de projetos e captação de recursos humanos. A atividade responde a uma demanda das ONGs, que, nos últimos encontros nacionais, discutiram a necessidade de aprimorar a capacidade de exercer o controle social nas ações do PNHV.


Existem mais de 60 entidades que atuam na área de prevenção e assistência às pessoas infectadas pelas hepatites, atendimento aos transplantados e incentivo a doação de órgãos. Para todas elas, intervir nas ações é essencial para frear o aumento de casos, principalmente entre usuários de drogas. A série de capacitações vai até setembro, com a realização da terceira edição do evento, destinada às ONGs das regiões Norte e Nordeste.




Desafios


Um dos maiores desafios para as ONGs que trabalham com hepatites é o de inserir na agenda governamental questões relacionadas à prevenção da doença, até porque a maioria das instituições atua na área de assistência, diretamente com indivíduos infectados. Ou seja, há a necessidade de integração dessas organizações aos sistemas formais de controle social, tais como os conselhos municipais e estaduais de saúde.


O acesso aos espaços de decisão deve ser ampliado, para potencializar ações de controle, prevenção e assistência aos portadores, bem como estimular a procura pelo diagnóstico das hepatites no SUS. Estima-se que exista uma grande quantidade de pessoas que ignoram que são portadoras dos vírus da doença. Como grande parte das ONGs de hepatites são muito - a maioria surgiu na década de 90 - outro desafio a ser enfrentado é o de aprofundar as questões referentes à missão institucional, ações e propósito de cada uma delas.


 

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