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14/07/2010

Fiocruz contemplada com financiamento que beneficia pesquisas com células-tronco


Um projeto do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná) está entre os contemplados pelo Ministério da Saúde em financiamento que irá beneficiar linhas pesquisas desenvolvidas com células-tronco embrionárias e adultas em todo país. O edital, que prevê investimento de R$ 10 milhões, recebeu 150 propostas para análise e selecionou 49. O estudo do ICC, desenvolvido em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), investiga o potencial e a aplicação de terapias direcionadas ao sistema cardiovascular, especificamente na recuperação do coração que sofreu enfarte. O objetivo da pesquisa, que utiliza uma técnica inédita, é resgatar o ritmo cardíaco através da criação de novos vasos sanguíneos e da transformação das células-tronco em tecido muscular cardíaco.


 Embrião humano na fase de blastocisto, do qual se extraem as células-tronco embrionárias

Embrião humano na fase de blastocisto, do qual se extraem as células-tronco embrionárias


Em maio de 2008, o Supremo Tribunal Federal autorizou a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias e o governo federal decidiu, em dezembro, financiar esse tipo de estudo. O Ministério da Saúde pretende criar rede de pesquisas na área e criará oito Centros Regionais de Terapia Celular. Um deles, será construído no Paraná, com investimentos superiores a R$ 2 milhões. “Contando com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), essa unidade servirá à pesquisa e à produção”, conta o pesquisador do ICC Samuel Goldenberg.


Segundo Goldenberg, a iniciativa inédita do Ministério da Saúde aponta para um novo conceito na ciência brasileira. “As verbas disponíveis para a pesquisa aumentaram de alguns anos para cá. Elas ainda não são suficientes, mas é uma mudança de parâmetro”. Para o pesquisador, iniciativas dirigidas ao desenvolvimento de áreas e de pesquisas estratégicas para o país passaram a ser incentivadas. “Isso está ocorrendo em paralelo com a pesquisa básica, que é o correto".


Publicado em 13/7/2010.

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