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01/12/2009

Fiocruz e BNDES firmam aliança estratégica em favor da inovação em saúde

Fernanda Marques e Renata Moehlecke


Foi assinado nesta segunda-feira (30/11) um termo de cooperação técnico-científica entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fiocruz. Trata-se de uma parceira estratégica para alavancar atividades e projetos da Fiocruz, subsidiar a produção e a inovação em saúde, e estruturar um novo modelo jurídico para a Fundação, de modo a fortalecer o complexo industrial da saúde no Brasil. A Fiocruz tem atualmente um portfólio de projetos nas áreas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e produção em saúde que requerem investimento estimado em cerca de R$ 1 bilhão. Parte desse montante será injetada na Fundação por meio do BNDES, com recursos não reembolsáveis. Outra parte da quantia pode ser obtida por parcerias público-privadas.


 

 O ministro da Saúde e os presidentes da Fiocruz e do BNDES na assinatura do acordo (Foto: Peter Ilicciev)

O ministro da Saúde e os presidentes da Fiocruz e do BNDES na assinatura do acordo (Foto: Peter Ilicciev)


O BNDES já está examinando uma carteira de projetos da Fiocruz para investimento de longo prazo. Cerca de R$ 40 milhões já foram repassados pelo banco à Fiocruz e serão utilizados para finalização do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), projetos do Instituto de Tecnologia e Imunobiológicos (Biomanguinhos) e ações ligadas a implantação de polos tecnológicos, como, por exemplo, em Minas Gerais e no Ceará. “Ampliar a presença nacional da Fiocruz está entre as nossas metas e trazer o BNDES para esta causa é de extrema importância”, disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que testemunhou a assinatura do termo pelos presidentes da Fiocruz, Paulo Gadelha, e do BNDES, Luciano Coutinho. “Isto é mais que um termo de cooperação; é uma aliança estratégica de alto interesse para a população brasileira”, acrescentou o ministro.


Segundo Gadelha, a Fiocruz assume o desafio estratégico de formular os rumos do complexo produtivo da saúde brasileiro e servir de catalisador para arranjos de desenvolvimento regionais e nacional. “O BNDES compreende as necessidades brasileiras para a redução das iniquidades, o desenvolvimento tecnológico e o estreitamento das relações internacionais”, afirmou Gadelha. “Este convênio com o banco representa um avanço importante para que a saúde seja incluída em um padrão de desenvolvimento econômico voltado ao atendimento das demandas sociais do país”, complementou o presidente da Fiocruz, lembrando que o fortalecimento da saúde pública inclui não só a melhoria dos serviços prestados à população, mas também os investimentos em inovação tecnológica e saúde.  


De acordo com Coutinho, a política de desenvolvimento produtivo e o programa Mais Saúde foram formulados com grande integração entre as equipes do BNDES e do Ministério da Saúde. Devido à forte convergência entre essas duas políticas, o complexo da saúde é hoje compreendido como um eixo fundamental da inovação tecnológica. “Nesse contexto, a parceria Fiocruz-BNDES é uma peça de apoio às duas políticas, de desenvolvimento industrial e de saúde”, comentou o presidente do BNDES. “O banco tem parceria com outras unidades de pesquisa, mas é com alegria que renovamos o compromisso de cooperação com a Fiocruz, pela quantidade e pela envergadura dos projetos da Fundação; vamos apoiá-la em formas institucionais novas para que ela tire cada vez mais proveito de sua capacidade inovadora em prol da saúde dos brasileiros, sobretudo em relação a doenças negligenciadas e outros problemas que o sistema privado demora a equacionar”, destacou Coutinho.


Publicado em 30/11/2009.

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