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25/03/2011

Fiocruz e Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro lançam ação de controle do Aedes aegypti neste sábado


O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (Sesdec) lançam neste sábado (26/3), de 9h às 13h, o projeto 10 Minutos Contra Dengue. O objetivo da iniciativa é estimular a população a investir dez minutos por semana na eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti em suas casas. Em dois eventos simultâneos – um nas comunidades do Chapéu Mangueira e Babilônia e outro na Praia do Leme – será apresentado à população um guia de checagem do ambiente domiciliar e peri-domiciliar que destaca as medidas preventivas a serem tomadas para evitar os criadouros nas residências, contribuindo para o controle do mosquito transmissor da dengue. Em um estande montado na a praia, entre os postos 1 e 2 do Leme, biólogos e especialistas apresentarão o projeto, esclarecendo dúvidas e reforçando a importância do trabalho de prevenção. Haverá observação em microscópio e outras atividades.



Nesta semana, os pesquisadores do Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) detectaram o dengue tipo 4 (DENV-4) em amostras de dois pacientes do Estado do Rio de Janeiro. É a primeira vez que esse sorotipo é confirmado na Região Sudeste. Os casos foram confirmados pelas técnicas de sorologia e de PCR, além do sequenciamento parcial do genoma viral. Imediatamente após a confirmação do diagnóstico, na quarta-feira (2303), o laboratório – que atua como Centro de Referência Regional para Dengue e Febre Amarela – informou os resultados aos órgãos competentes nas três esferas de governo.


O Laboratório de Flavivírus do IOC, dentre suas linhas de pesquisa, apoia Programas de Vigilância Epidemiológica do Dengue no Estado do Rio de Janeiro e Ministério da Saúde desde 1986, e foi responsável pela detecção dos quatro sorotipos (DENV-1, 2, 3 e 4) no Estado. O Laboratório foi pioneiro no isolamento dos sorotipos 2 e 3 do vírus no Brasil, em 1990 e 2001, respectivamente. A análise parcial do genoma do DENV-4 presente nas primeiras amostras do Estado do Rio de Janeiro, realizada pelo Laboratório de Flavivírus do IOC, apresentou alta homologia em relação às amostras que circulam na América do Sul.


Ação rápida


Ao longo da história da dengue no Brasil, a Fiocruz tem dado respostas rápidas ao problema. Isso só tem sido possível por conta de um eficaz Programa de Vigilância Virológica Ativa. Esta estrutura permite coletar amostras de forma continuada, o que permitiu a identificação do DENV-3 em período interepidêmico. No contexto laboratorial, a permanente capacitação de profissionais e a implementação de novas metodologias têm contribuído de forma eficaz para o diagnóstico rápido e preciso.


Vírus dengue: sorotipos


O vírus dengue é classificado como um arbovírus e pertence à família Flaviviridae (a mesma do vírus da febre amarela). A doença pode ser causada por quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Todos os sorotipos podem induzir a formas brandas e graves da doença.  “O sorotipo do vírus não interfere no tratamento, que deve seguir a conduta prevista nos manuais do Ministério da Saúde”, declarou a virologista Rita Nogueira. Os especialistas ressaltam que neste momento a mobilização da população é fundamental para apoiar as ações de intensificação do controle do vetor adotadas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde.


Projeto 10 minutos contra a dengue

26 de março (sábado), das 9h às 11h

Eventos simultâneos: Quadra da Faetec/Chapéu Mangueira - Ladeira Ary Barroso, s/nº; e

estande no calçadão da Praia do Leme, entre os postos 1 e 2.

Entrada gratuita


Publicado em 25/3/2011.

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