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07/12/2018

Fiocruz entrega lotes de medicamento para doença renal

Alexandre Matos (Farmanguinhos/Fiocruz)


O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) entregou os primeiros lotes do sevelâmer com parte do processo de embalagem executada em suas instalações. Esta é mais uma etapa relativa à incorporação da tecnologia deste medicamento, usado no tratamento de Doença Renal Crônica (DRC). Ao todo, serão fornecidas 786.960 unidades farmacêuticas ao Ministério da Saúde para distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS).

Esta etapa da Parceria de Desenvolvimento Produtivo compreende a execução de parte do processo de embalagem do sevelâmer 80mg. Farmanguinhos é responsável ainda pela distribuição do medicamento (foto: Alexandre Matos)

 

O sevelâmer é indicado para o controle do fósforo sérico em pacientes com DRC sob diálise. Sua ação diminui a incidência de episódios de hipercalcemia, isto é, excesso de cálcio no sangue, o que acaba afetando muitos sistemas do corpo humano. Devido à complexidade tecnológica, e ao alto custo aos cofres públicos, o medicamento foi incluído na lista de produtos estratégicos do Ministério da Saúde.

A produção nacional está sendo viabilizada por uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) envolvendo a unidade e a indústria nacional Cristália. Desta forma, a fabricação em Farmanguinhos não só garantirá o abastecimento do SUS, como também promoverá economia aos cofres públicos e possibilitará a ampliação do acesso ao tratamento.

Absorção tecnológica

Nos primeiros anos da parceria, a empresa parceira fica responsável por toda a fabricação, enquanto que Farmanguinhos internaliza cada etapa por meio de absorção reversa de tecnologia. No caso destes lotes, especificamente, o medicamento foi produzido na Cristália e o Instituto ficou responsável pelo processo de embalagem primária, análise de controle de qualidade, além da logística.

Aos poucos, as demais etapas vão sendo concluídas. A produção em larga escala nas instalações de Farmanguinhos está prevista para acontecer até o fim do ano que vem. Antes, a instituição precisará produzir os lotes-piloto com vistas à inclusão da unidade como local de fabricação, etapa que está prevista para o 1º quadrimestre de 2019. Ao final do processo de absorção, toda a cadeia produtiva será executada na planta industrial do Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM).

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