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08/05/2009

Fiocruz entrega um laboratório móvel para coibir a mistura entre drogas e direção


Um carro que funciona como Laboratório Móvel de Toxicologia foi entregue pela Fiocruz à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro na quinta-feira (7/5). O laboratório móvel é um dos frutos do projeto Estudo do Impacto do Uso de Álcool e Psicotrópicos nos Incidentes de Trânsito e a Capacitação do Estado para Atenuar seus Efeitos, desenvolvido pelo Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Fiocruz). Na ocasião, também foi lançado um curso que visa capacitar os peritos da Polícia Civil para as novas tecnologias que serão usadas no novo IML do Rio de Janeiro.


 O laboratório móvel foi criado para se promover campanhas pontuais em locais com grande concentração de pessoas, principalmente jovens, como festas de música eletrônica e micaretas

O laboratório móvel foi criado para se promover campanhas pontuais em locais com grande concentração de pessoas, principalmente jovens, como festas de música eletrônica e micaretas


Equipar laboratórios de toxicologia, qualificar profissionais da área, normatizar processos de vigilância, integrar dados e transportar, de forma adequada, amostras de exames são algumas das ações pensadas para esse projeto, realizado pela Fiocruz em parceria com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. O projeto faz parte do programa Prioridade Rio, do governo estadual, e tem apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).


De acordo com o coordenador, o projeto teve início em 2008 e, ao longo do ano, novas demandas surgiram. Com isso, outras instituições se integraram, como o Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde (Claves), a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). "É importante destacar que o projeto nasceu na saúde pública. Apesar de ser, aparentemente, um problema policial e legal, o uso social e recreativo de drogas lícitas ou ilícitas é uma questão de saúde pública. Mas, por meio das parcerias, conseguimos coletar dados e trabalhar para que isso informe a saúde pública. Tudo servirá de subsídio para pautar discussões de novas políticas públicas para o país, tornando-se uma poderosa ferramenta de vigilância", acredita Jefferson.


Entre os frutos do projeto estão o Laboratório Móvel de Toxicologia, um painel de normatização e a elaboração de um curso. O Laboratório Móvel foi criado para se promover campanhas pontuais em locais com grande concentração de pessoas, principalmente jovens, como festas de música eletrônica e micaretas. Durante as ações, os peritos farão exames capazes de detectar diferentes substâncias tóxicas. 


"O carro é equipado com geladeira, refrigerador, ar condicionado e alguns outros instrumentos elétricos necessários para fazer o transporte adequado das amostras coletadas durante a assistência", afirma. A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) doou o carro à Polícia Civil do Rio de Janeiro e, com os recursos do projeto, o veículo foi totalmente equipado. "Agora o carro está pronto para ir às ruas. Ele será devolvido à Polícia Civil em uma cerimônia oficial".


O evento contou com as presenças do pesquisador da Fiocruz Jefferson José da Silva, coordenador do projeto; do subchefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rodolfo Waldeck; do diretor do Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, Frank Perlini; e do diretor do Instituto de Criminalística do Rio de Janeiro, Sérgio da Costa Henriques.


Publicado em 6/5/2009.

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