No documento enviado ao Senado nesta segunda-feira (19/8), a Fiocruz relata preocupações sobre os riscos decorrentes da liberação dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), conhecidos popularmente como vapes. O Projeto de Lei (PL) 5008, que trata sobre o tema, seria votado nesta terça-feira (20/8) pelo Congresso Nacional, mas foi retirado da pauta do dia.
"Mais uma vez, a Fiocruz incidiu de forma assertiva, como instituição de ciência e tecnologia, produzindo evidências para as formuladores de políticas e para os lesgsiladores", afirma o presidente da Fiocruz, Mario Moreira. "Gostaria de agradecer ao Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde [Cetab/Ensp/Fiocruz] pela construção da nota que foi a base desta carta e à nossa pesquisadora Margareth Dalcolmo, que atuou diretamente junto às lideranças do Senado. Temos muito orgulho de todo o corpo técnico da Fiocruz, sempre atuando, de forma coordenada, em defesa da ciência e da tecnologia, e da vida".
Em abril deste ano (19/4), a Fiocruz manifestou apoio a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, em reunião colegiada, manteve a resolução de 2009 que proíbe a venda, fabricação, importação, transporte, armazenamento, distribuição e propaganda de cigarros eletrônicos no país. Na votação, que se estendeu por nove horas, foram apresentados 80 vídeos feitos por pesquisadores, gestores da área da saúde, usuários do produto e empresários do setores tabagista e de bares, hotéis e restaurantes, com depoimentos contra e a favor da liberação dos cigarros eletrônicos. Um dos vídeos exibidos foi do presidente da Fiocruz, Mario Moreira, no qual ele reforçou a posição da Fundação pela manutenção da proibição.