23/01/2023
Suzane Durães (VPAAPS/Fiocruz) e Hellen Guimarães (CCS/Fiocruz)
A Fiocruz, por meio de sua Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), firmou um acordo de cooperação técnico-científica com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). O objetivo do compromisso é a atuação conjunta em ações de redução e prevenção dos impactos da violência armada sobre o bem-estar físico e psicossocial dos profissionais de saúde, educação, trabalhadores e estudantes da Fundação.
Entre as ações propostas pelo documento estão o oferecimento de treinamentos e cursos de capacitação para prevenir riscos e estabelecer protocolos durante momentos de crise. O documento foi assinado no dia 21 de dezembro de 2022 e terá vigência de 12 meses. Segundo a vice-presidente da VPAAPS, Patrícia Canto, a cooperação visa à capacitação dos profissionais para garantir a segurança e o acesso às áreas em que há a possibilidade de conflitos armados.
“Nosso objetivo é trabalhar com diversos setores dentro da Fiocruz para que possamos garantir a manutenção das atividades da forma mais segura possível em casos de conflitos armados ou mesmo avaliar a necessidade de interrupção das atividades. O trabalho deverá começar com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) e especialmente com o grupo que realiza a segurança da Fiocruz”, explica Patrícia.
O CICV tem vasta experiência de atuação no desenvolvimento de metodologias de segurança. Os protocolos da organização têm como finalidade prevenir, reduzir, mitigar e responder às consequências da exposição dos profissionais e da população a contextos de violência armada em áreas urbanas. Também almejam promover e difundir normas e diretrizes para proteger as infraestruturas sanitárias e os profissionais de saúde em consonância com os princípios e diretrizes nacionais e internacionais vigentes.
A parceria considera a necessidade de desenvolver ações integradas que busquem proteger a vida, promover ambientes seguros e fortalecer a resiliência dos profissionais, estudantes e demais pessoas pertencentes aos campi da Fiocruz. Destaca ainda a importância de desenvolver estratégias integrais de gestão de crise, por meio de ações concretas que sistematizem a autoproteção e promovam mudanças no modo de agir diante de situações de perigo — como, por exemplo, o oferecimento de aulas online para capacitar os frequentadores do campi na Metodologia de Comportamentos Mais Seguros (CMS).
A meta é, assim, estabelecer uma gestão de riscos eficaz, a melhora na eficiência geral dos serviços prestados pela instituição e a otimização dos recursos humanos e financeiros. O projeto é orientado pelos objetivos pautados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em sua Estratégia Global para os Recursos Humanos de Saúde (2030), que ressalta a importância de zelar pelo bem-estar, resiliência e fortalecimento das forças de trabalho da saúde e dos sistemas de saúde em todos seus níveis.