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08/12/2011

Fiocruz inaugura representação em Mato Grosso do Sul

Claudia Lima


Ponto de chegada e ponto de partida. A frase do coordenador da representação da Fiocruz no Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha, define o que simboliza a inauguração do escritório da Fundação em Campo Grande, ocorrida na manhã desta quinta-feira (8/12). “É um um projeto coletivo das instituições do estado, de caráter amplo e suprapartidário. Chegamos para aprender com a cultura do Mato Grosso do Sul e dar nossa contribuição”, afirmou o coordenador. Os profissionais da Fiocruz vão atuar em quatro áreas temáticas prioritárias: meio ambiente e saúde: biodiversidade e agronegócio; saúde das populações indígenas; saúde e sociedade; e saúde nas fronteiras. As áreas foram definidas a partir do debate realizado em cinco seminários realizados no estado, com participação das universidades federal, estadual e particulares da região Centro-Oeste, secretarias estadual e municipais de Saúde, representantes da Fundação e de instituições de ensino, pesquisa e gestão do Sistema Único de Saúde.


 O coordenador da representação da Fiocruz no Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha, discursa ao lado presidente da Fundação, Paulo Gadelha, e de autoridades estaduais (Foto: Peter Ilicciev)

O coordenador da representação da Fiocruz no Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha, discursa ao lado presidente da Fundação, Paulo Gadelha, e de autoridades estaduais (Foto: Peter Ilicciev)


A secretária de Saúde do Mato Grosso do Sul e presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Beatriz Dobashi, lembrou do processo que levou à criação do escritório. “Há quatro anos atrás saímos em caravana até a Fiocruz, no Rio de Janeiro, numa ousada proposta de criarmos um centro de referência para a Região Centro-Oeste”, contou. “Hoje consolidamos essa parceria, que já aontgece há mais de 20 anos com a presença ativa de pesquisadores e professores nos cursos de especialização. É com muito orgulho que temos um pedaço do castelinho aqui conosco”, comemorou.


A futura unidade faz parte da política de expansão e regionalização das atividades de ciência e tecnologia para o fortalecimento da capacidade de intervenção do Estado, aliada a políticas de redução das desigualdades regionais. Mato Grosso do Sul é o oitavo estado a ter representação da Fiocruz. O presidente da Fundação, Paulo Gadelha, destacou a importância de trabalhar os diferenciais da região e de articular pesquisas de várias instituições. “A biodiversidade hoje tem um grande potencial no desenvolvimento de produtos fitoterápicos”, exemplificou.


O vice-reitor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), João Ricardo Filgueiras, disse que a instituição está de portas abertas para ampliar a parceria. “Esse é o resultado de muito empenho”, afirmou. O reitor da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul  (UEMS), Fabio Edir dos Santos Costa, destacou a integração das instituições. “Temos orgulho de saber que estamos fazendo nossa parte”, disse.


O trabalho parceiro foi ressaltado também por Rivaldo Venâncio. “A participação da Fiocruz na região começou há décadas, no fim dos anos 1970, com os antigos cursos descentralizados na área de saúde. A conformação desse escritório é o ápice de um processo que já estava em curso”, afirmou. O coordenador lembrou a tradição democrática da Fiocruz, que decide suas diretrizes em congressos internos realizados a cada quatro anos. “Vamos trazer esse processo para cá também”, disse.


O coordenador destacou o papel estratégico da Fundação numa área de fronteiras, lembrando redes como Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags) e União das Nações Sul-Americanas (Unasul). De acordo com Venâncio, na região do novo escritório da Fiocruz está localizada a segunda maior população indígena do país, o que gera muitos desafios para compreensão de suas realidades e possibilidades de intervenção para melhoria da qualidade de vida. “A Fiocruz é parte integrante do processo de criação e consolidação do SUS, o maior projeto de inclusão social que os países da América Latina já tiveram”, declarou.


Publicado em 8/12/2011.

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