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13/12/1901

Fiocruz integra esforços de avaliação do risco de extinção de espécies da fauna brasileira

Vanessa Sol


Conhecer para preservar. Com esta premissa, os pesquisadores Cibele Rodrigues Bonvicino e Paulo Sérgio D’Andrea, ambos do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), são os novos coordenadores de táxon do processo de avaliação de Rodentia e Lagomorpha em todo Brasil. O convite foi feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), que realiza o processo de avaliação do risco de extinção de mais de 5 mil táxons da fauna brasileira.







No primeiro encontro de trabalho, os pesquisadores do IOC estiveram reunidos com os membros da Coordenação de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade (Coabio/ICMBio), Estevão Carino Fernandez de Souza, e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Beatriz de Mello Beisegel. Na ocasião, foi discutido o planejamento das ações iniciais do processo de avaliação de Rodentia e Lagomorpha da fauna brasileira, que deverá ocorrer ao longo de 2013. A validação desse processo, pela Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), está prevista para 2014 e a publicação de instrução normativa para 2015.



O pesquisador Paulo Sérgio D’Andrea explica a importância da iniciativa e ressalta que a detecção do estado de conservação destas espécies poderá nortear estudos e políticas de preservação ambiental sobre o tema. “A partir do diagnóstico do estado de conservação da fauna, o ICMBio poderá traçar políticas de conservação das espécies e planos de ações para tirar da lista de extinção as espécies ameaçadas e evitar que outras em estado crítico de ameaça à extinção entrem nela”, declara.



D’Andrea reforça que pesquisadores de todo o Brasil serão convidados para cooperar no processo de avaliação do estado de conservação de Rodentia e Lagomorpha da fauna brasileira.  “No caso específico da Fiocruz, onde se trabalha muito com a questão das zoonoses que são transmitidas a partir desses animais silvestres, é importante saber onde esses animais estão e qual o estado de conservação deles. O estudo vai fazer esse mapeamento, gerando um banco de dados muito relevante para as pesquisas sobre potenciais reservatórios de zoonoses”, afirma.



De acordo com Estevão Carino Fernandez de Souza, analista ambiental da Coabio, a expectativa é identificar a atual situação das espécies e divulgar esses resultados com o objetivo de estabelecer políticas ambientais. “A ideia é dar publicidade ao resultado científico do processo de avaliação de maneira a subsidiar o Ministério do Meio Ambiente junto à Coabio para que possa ser atualizada a lista de espécies ameaçadas, avaliando o risco de extinção das mesmas e direcionando, adequadamente, as políticas ambientais”, explica.


Publicado em 13/3/2013.

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