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08/11/2012

Fiocruz investe em Parcerias de Desenvolvimento Produtivo

Alexandre Matos e Aline Silva


O Ministério da Saúde firmou, na última semana (31/10), 20 parcerias para a incorporação de tecnologias voltadas à produção nacional de 21 produtos. O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) vai produzir seis desses, sendo quatro antirretrovirais em dose fixa combinada, um antiasmático e um oncológico. A expectativa é que governo tenha uma economia de aproximadamente R$ 940 milhões por ano, cerca de 40% do que gasta atualmente com a compra dos 21 produtos contemplados pelos acordos.


 Farmanguinhos/Fiocruz vai produzir seis produtos com base nas 20 novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo firmadas pelo Ministério da Saúde. Foto: Peter Ilicciev. 

Farmanguinhos/Fiocruz vai produzir seis produtos com base nas 20 novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo firmadas pelo Ministério da Saúde. Foto: Peter Ilicciev. 


As Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) foram assinadas pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a 3ª Reunião do Comitê Executivo e Conselho de Competitividade do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), realizada em Brasília (DF), da qual o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe, também participou. Os acordos compreendem 19 medicamentos e duas vacinas e envolvem 29 laboratórios, sendo 12 públicos e 17 privados. “A produção nacional destes 21 produtos representa um marco para a indústria brasileira e para o país”, destacou o ministro Alexandre Padilha.


Ao todo, são 11 classes terapêuticas de medicamentos: antiasmáticos, antiparkinsonianos, antipsicóticos, antirretrovirais, biológicos, distúrbios hormonais, hemoderivados, imunobiológicos, imunoestimulantes, imunossupressores, e oncológicos. Atualmente, a maior parte desses produtos é importada pelo Ministério da Saúde e distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento oncológico Docetaxel, que será produzido por Farmanguinhos, estará disponível a partir do próximo ano.


Além do Docetaxel (utilizado para o tratamento de pacientes com câncer de mama ou de pulmão avançado ou metastásico), Farmanguinhos produizirá o antiasmático Budesonida + Formoterol, Salbutamol, Budesonida e os antirretrovirais em dose fixa combinada: Lopinavir 200 mg + Ritonavir 50 mg, Lopinavir 100 mg + Ritonavir 25 mg, Tenofovir 300 mg + Lamivudina 300 mg + Efavirenz 600 mg (3 em 1) e o Tenofovir 300 mg + Lamivudina 300 mg (2 em 1).



Fomalizadas novas parcerias


As Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) cada vez mais têm ampliado o acesso da população a produtos com tecnologia avançada.  Nesse sentido, Farmanguinhos atua em diversas delas com o objetivo de fortalecer a produção nacional e garantir o acesso dos brasileiros assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aos medicamentos de alto custo.


Com as PDPs, reduz a  vulnerabilidade do SUS e os preços dos medicamentos. Desta forma, o Ministério da Saúde pode aumentar os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação em todo o País. Segundo  o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha, graças às PDPs, nos últimos dois anos, o faturamento de Farmanguinhos aumentou de R$200 para R$500 milhões.


O Vice-Diretor de Gestão Institucional da unidade, Jorge Mendonça, destacou a importância dos acordos. Para ele, além da economia gerada, as PDPs serão importantes para ampliar o leque de opções de produtos farmacêuticos. "As Parcerias de Desenvolvimento Produtivo certamente renovarão o portfólio de Farmaguinhos e disponibilizarão à população brasileira medicamentos modernos e de primeira linha, quanto à indicação terapêutica”, afirmou Mendonça.


Com os acordos firmados na reunião do Gecis, estará em vigor um total de 55 PDPs em todo o Brasil para a produção de 47 medicamentos. A economia para o País gerada pelas parcerias de medicamentos, insumos e equipamentos pode chegar a R$ 2,5 bilhões para os cofres públicos, segundo o Ministério da Saúde.


Publicado em 8/11/2012.

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