12/02/2021
Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí / Fiocruz) / Ascom PMP
O Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade da Fiocruz em Petrópolis, e a Prefeitura Municipal de Petrópolis atuarão de forma integrada para ampliar o monitoramento da Covid-19 na cidade. A intenção é envolver os profissionais da Atenção Básica que atuam nas comunidades com a Estratégia de Saúde da Família (ESF), incorporando a perspectiva dos territórios no monitoramento da incidência da doença no município. Desenvolvido pela Fiocruz Petrópolis, o método usa a cartografia participativa e tem como objetivo traçar estratégias e avaliar medidas de prevenção e controle baseadas nos resultados obtidos com o uso da ferramenta – que permitirá mapear quase metade da população da cidade.
A cartografia participativa consiste na aquisição de dados sobre os territórios, oriundos do departamento de Vigilância em Saúde e também a partir da visão de quem vive e trabalha nestes locais, principalmente os agentes comunitários de saúde (foto: Ascom PMP)
O alinhamento para o monitoramento foi objeto de um encontro, realizado na última quarta-feira (10/02), entre o diretor do Fórum, Felix Rosenberg, e o secretário municipal de Saúde, Aloísio Barbosa da Silva Filho, juntamente com suas equipes. Para Aloisio, a cartografia participativa desenvolvida pela Fiocruz será fundamental para a tomada de decisões. “A ferramenta gera mapas cartográficos de calor que indicam as áreas de maior incidência da doença e como este trânsito acontece entre os bairros. É uma excelente forma de analisarmos o avanço da Covid-19”, avaliou.
“O principal objetivo deste sistema geográfico é permitir avaliar a gravidade para discutir estratégias e alertar a população sobre a presença da doença. O sistema funciona como um sinal de alerta que permite uma ação rápida para bloquear a contaminação e proteger os indivíduos”, explicou o diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg.
Segundo Rosenberg, a cartografia participativa consiste na aquisição de dados sobre os territórios, oriundos do departamento de Vigilância em Saúde e também a partir da visão de quem vive e trabalha nestes locais, principalmente os agentes comunitários de saúde. O trabalho foi iniciado em 2017 em oito áreas prioritárias, dando origem aos mapas territoriais, ricos em detalhes e agora serão ampliados para todas as unidades da Atenção Básica com Estratégia Saúde da Família. O método faz uma micro vigilância que envolve a população e estimula a corresponsabilidade no enfrentamento da doença.