Agência Fiocruz de Notícias

A Fiocruz recebeu, nesta quinta-feira (8/2), a visita de uma delegação do Grupo de Trabalho para América Latina e Caribe do Conselho da União Europeia (Colac), que cuida das relações da União Europeia (UE) com os países da região com órgãos de integração regional como a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

A recepção dos 27 integrantes da Comitiva, organizada pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), foi coordenada pelas vice-presidentes de Pesquisa e Coleções Biológicas, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira, e de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, e reuniu a comitiva com representantes de vários países. Presidida pelo diretor-executivo da Colac, Tomas Reyes Ortega, a delegação fez a visita guiada ao Castelo Mourisco, no Rio de Janeiro, e seguiu para apresentações no auditório do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS).

A proposta de discussão de temas como cooperação em Saúde Pública, desenvolvimento e produção de vacinas, combate a doenças tropicais e desafios de Saúde Única na Região, aproximou o grupo que tem como objetivo estreitar relações da UE com a área da saúde na América Latina e Caribe, como destacou Ortega. “Certamente na área de educação em saúde temos muitas oportunidades, discutimos uma agenda extensa e teremos muitas reuniões relacionadas à saúde nesta região e somos gratos em poder discutir essa relação com o Brasil e com a Fiocruz. Sabemos como a pandemia de Covid-19 foi difícil para o país e os cientistas estão de parabéns por todo esforço feito e o trabalho brilhante que conseguiram executar em tempos tão difíceis".

A vice-presidente Maria de Lourdes iniciou a apresentação mostrando as diversas áreas de atuação da Fiocruz e a abrangência nacional da Fundação e ressaltou que consolidar parcerias internacionais traz oportunidades. “A Fiocruz historicamente está em todas as regiões do Brasil e já trabalha em colaboração com vários países no mundo. Nossa intenção é fortalecer ainda mais os países do Eixo Sul e temos possibilidades de enriquecer trabalhos em vigilância, big data, saúde global e muitas outras frentes. Nossos Laboratórios de Referência em muitas áreas já apresentam estruturas de monitoramento e isso possibilita novas orientações”.

Para a conclusão da reunião, a vice-presidente Cristiani Machado, informou como funciona a ampla estrutura de ensino da Fundação nas áreas relacionadas à saúde. “Nossos 48 programas de pós-graduação consolidam a formação de alunos que trabalham em rede e assim alcançamos muitas atividades educacionais, além do comprometimento com a divulgação científica seja por meio das escolas, mídia, ou movimentos sociais, estamos sempre comprometidos com informação de qualidade”.

Representantes da comitiva também fizeram perguntas para as vice-presidentes sobre a organização do Sistema Único de Saúde no Brasil e como acontecem as administrações Federal, estaduais e municipais, assim como a prevenção a ataques cibernéticos e segurança da informação. Os diplomatas também perguntaram sobre a experiência da Fiocruz em casos de dengue e o andamento da vacinação.

O trabalho em parceria com a UE poderá fortalecer ainda mais a relação que a Fiocruz já tem com muitos países da Europa. “Precisamos conhecer mais mutuamente de forma a melhor explorar as diversas oportunidades de cooperação internacional entre a UE e os países de nossa região, principalmente na área de ciência e tecnologia em saúde, que após a pandemia de Covid 19 tem sido reconhecida com mais propriedade,” comentou a assessora do Cris/Fiocruz, Ilka Vilardo.

Participaram também da reunião Wim Degrave, assessor da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz); Ana Helena Freire e Sebastian Tobar (Cris/Fiocruz); Vinícius Cotta e Analice Braga, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz).