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19/02/2008

Fiocruz se consolida como instituição de saúde pública com padrão internacional

Catarina Chagas e Fernanda Marques


A Fiocruz vem estabelecendo novos convênios com outros países. Ao todo, a Fundação mantém atualmente quase 70 acordos de cooperação com universidades, institutos de pesquisa, órgãos governamentais e empresas dos cinco continentes. Uma das mais recentes parcerias firmadas foi com a Genzyme, multinacional da área de biotecnologia, com sede em Boston, nos Estados Unidos. O objetivo é unir o conhecimento acumulado da Fiocruz com a capacidade tecnológica da empresa para desenvolver novos tratamentos contra doenças negligenciadas – como Chagas, leishmaniose, malária e outras moléstias que, embora acometam milhões de pessoas no mundo, não despertam o interesse da indústria farmacêutica porque atingem majoritariamente as populações de baixo poder aquisitivo.


 Médico atende a paciente na Nigéria: Fiocruz treina profissionais de vários países

Médico atende a paciente na Nigéria: Fiocruz treina profissionais de vários países


Este é mais um indicador de que a Fiocruz vem consolidando seu papel de exportadora de conhecimentos. Em 2006, a Fundação foi eleita a melhor instituição de saúde pública do mundo pela Federação Mundial das Associações de Saúde Pública. O título é um reconhecimento da importante participação da Fiocruz em ações como o congresso da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Rede Mundial Pasteur, a Iniciativa Internacional pelas Doenças Negligenciadas (DNDi) e o fórum Ibas, que reúne Índia, Brasil e África do Sul. Além disso, a Fundação tem assumido papel de liderança nas reuniões dos Institutos Nacionais de Saúde Pública da América Latina e da Comissão Global sobre Determinantes Sociais de Saúde.


Também na gestão do conhecimento, a Fiocruz mantém uma postura ativa na cooperação internacional: a Fundação está à frente do primeiro curso de mestrado em saúde pública brasileiro fora do país, lançado em Luanda em maio deste ano. O objetivo é formar professores para a futura Escola Nacional de Saúde Pública de Angola e para escolas técnicas em saúde daquele país.


Há vagas não só para angolanos, mas também para profissionais de outros países africanos de língua portuguesa – o que reforça uma postura da Fiocruz de apoiar o Governo Federal em sua política de priorizar os países da África e da América Latina. “Para isso, usamos duas estratégias principais: formar recursos humanos em saúde e auxiliar a criação dos institutos nacionais de saúde desses países. Nesse sentido, tem sido importante a colaboração do Ministério das Relações Exteriores, que busca apoio junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), à Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, na sigla em inglês) e outros organismos”, explica o médico Luiz Eduardo Fonseca, da Assessoria de Cooperação Internacional (ACI) da Fiocruz.


Três unidades da Fundação participam do mestrado em Angola: a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icit). Mas essa é apenas uma pequena amostra de como as trocas internacionais fazem parte do cotidiano da Fiocruz – que, recentemente, recebeu as visitas dos ministros dos Estados Unidos, França, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Tailândia. A cada ano, enquanto pesquisadores da Fiocruz integram dezenas de missões enviadas ao exterior, vêm à Fundação outras tantas dezenas de comitivas internacionais.


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