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25/10/2011

Floresta montada pela Fiocruz Brasília recebeu mais de 7 mil visitantes

Claudia Bittencourt


Plantas típicas de diversas regiões do Brasil, animais empalhados e sons da mata dão vida à floresta que a Fiocruz Brasília montou em pleno cerrado, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Brasília, visitada por 7.626 pessoas. O cenário chamou a atenção do público e chegou a mais de 9 mil o número de pessoas que participaram de todas atividades preparadas no estande da Fundação.


 O cenário chamou a atenção do público e chegou a mais de 7 mil o número de pessoas que participaram das atividades preparadas pela Fundação.

O cenário chamou a atenção do público e chegou a mais de 7 mil o número de pessoas que participaram das atividades preparadas pela Fundação.


O público encontrou um cenário com espécies de plantas naturais, além de oito animais empalhados, entre eles, arara, macaco, tatu, coruja, preguiça, tartaruga e jaguatirica, cedidos pelo Departamento de Zoologia da Universidade de Brasília (UnB). Ao longo do espaço da floresta, a trilha conduz o visitante ao conhecimento de algumas doenças tropicais, entre elas a dengue, leishmaniose, malária e doença de Chagas.



Técnicas da Fiocruz Rondônia são as guias da floresta, e explicam aos visitantes sobre os vetores de algumas doenças tropicais. “Mostramos os animais vetores das doenças, onde vivem, e quais são os sintomas de cada enfermidade”, explicou biomédica e técnica da Fiocruz Rondônia, Iasmin Pimentel. Todo passeio pela floresta é marcado pela interatividade, para atrair o público, em sua maioria, crianças e adolescentes das escolas que visitam o evento.


O coordenador do estande da Fiocruz na SNCT em Brasília, Wagner Vasconcelos, afirmou que a interatividade do estande é o diferencial para ensinar os jovens: “eles estão em fase de formação, por isso, estes conhecimentos são fundamentais. Para despertar a curiosidade deles, preparamos atividades que são ao mesmo tempo educativas e dinâmicas”. Para a bióloga e técnica da Fiocruz em Rondônia, Frances Trindade, inserir as crianças no ambiente da floresta é essencial para divulgar o conhecimento. “Trazemos os visitantes para dentro deste cenário para mostrar doenças que não são características do Cerrado”, afirma.


Pelo caminho, os estudantes aprendem quais são os locais que podem se tornar criadouros de vetores e também aprendem que animais como a galinha e a vaca podem ser reservatórios do vírus de algumas destas doenças. “O mosquito vetor da malária, por exemplo, pode picar um animal e transmitir o vírus para ele. Se outro mosquito que não estava infectado pelo vírus picar um animal que está servindo como reservatório, este segundo mosquito também passa a ser um vetor que pode picar pessoas, contaminando-as”, acrescentou.


A maior parte do espaço da floresta representa uma área preservada. Para mostrar a ação negativa do homem no meio ambiente, há uma área com queimadas. “Quando a degradação aumenta, o homem fica mais desprotegido contra os vetores das doenças que, sem ter local na floresta, acabam indo para a cidade”, complementou a técnica da Fiocruz Rondônia, Wanne Soares. Para uma das coordenadoras do estande, Ana Carolina de Oliveira, este é um dos objetivos do estande. “Queremos falar de saúde e meio ambiente mostrando que a ação do homem na natureza tem consequências para a nossa saúde”.


Fiocruz Rondônia – As técnicas da Fiocruz Rondônia, Iasmin Pimentel e Wanne Soares, trabalham com o projeto de monitoramento de vetores na região da usina hidroelétrica de Jirau, localizada em Rondônia. Elas explicam que após a captura de vetores transmissores de doenças, é realizada uma análise molecular para saber quais mosquitos estão realmente infectados. A partir das análises, é possível observar a quantidade de vetores no local, em determinadas épocas do ano.


Na segunda etapa do projeto desenvolvido em Rondônia é o Educação para a Sociedade, no qual técnicos vão até as escolas da região para falar sobre as doenças. “Nas instituições de ensino são feitos os acompanhamentos, palestras é feiras de exposição, para que os alunos aprendam medidas preventivas”, conclui Wanne.


Publicado em 25/10/2011.

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