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28/03/2012

Funasa e Fiocruz assinam Termo de Cooperação Técnico-Científica

Nayane Taniguchi


Quatro eixos de atuação compõem o Termo de Cooperação Técnica assinado pela Fiocruz e pela Funasa nesta terça-feira (27/3), na abertura do 2º Seminário de Saúde Ambiental, realizado na Fiocruz Brasília: capacitação, educação em saúde ambiental, construção e ampliação de redes e estruturação da Funasa para atuação em situações de desastres. Segundo a assessora do Departamento de Saúde Ambiental da Funasa (Desam), Sheila Rezende, a nova parceria permitirá a realização de cursos especialização e mestrado em gestão e saúde ambiental para os servidores da Funasa e de ações que promovam a educação ambiental voltada para a população semiárida como contribuição para o plano Brasil Sem Miséria (BSM); a construção e a ampliação de redes que abordam questões como sustentabilidade e territórios; e a estruturação da Funasa para atuação em situações de desastres, como o caso das enchentes, em que as discussões já foram iniciadas.


 Os participantes comentaram a importância da atuação conjunta para a promoção da qualidade de vida da população brasileira e destacaram a experiência das duas instituições, que contribuirão para a realização de ações voltadas para a saúde ambiental

Os participantes comentaram a importância da atuação conjunta para a promoção da qualidade de vida da população brasileira e destacaram a experiência das duas instituições, que contribuirão para a realização de ações voltadas para a saúde ambiental


Durante a cerimônia de abertura e assinatura do Termo de Cooperação, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz (VPAAPS), Valcler Rangel, e o presidente da Funasa, Gilson de Carvalho Queiroz Filho, comentaram a importância da atuação conjunta para a promoção da qualidade de vida da população brasileira e destacaram a experiência das duas instituições, que contribuirão para a realização de ações voltadas para a saúde ambiental. “Ao juntar as experiências estamos prestando o serviço da forma que se espera do serviço público no Brasil. Atuar em conjunto é uma tarefa de grande porte que se espera de nós, uma atuação enquanto Governo, enquanto Ministério da Saúde, mas, fundamentalmente, enquanto instituições de Estado”, afirmou Rangel durante a abertura. Para o vice-presidente da Fiocruz, a agenda de saúde ambiental é fundamental. “Quero reafirmar o compromisso da Fiocruz em trabalhar e se esforçar para que as metas e definições que tenhamos a partir desse encontro possam se tornar efetivas”, acrescentou.


“A cooperação é um exemplo do que o Governo Federal vem fazendo, que é integrar instituições”, acrescentou o presidente da Funasa, que reafirmou ainda a importância da parceria entre as duas instituições. “A cooperação contribuirá para o saneamento e saúde ambiental do país, fortalecerá o conhecimento técnico-científico na Funasa e dará uma contribuição fantástica na geração de conhecimento”.


Ao comentar a cooperação, o diretor do Departamento de Saúde Ambiental da Funasa, Henrique Pires, apresentou um breve histórico da Fiocruz e discorreu sobre a importância da questão sanitária, do saneamento e da Funasa, no contexto da saúde ambiental. “É impossível o cidadão ter saúde sem água ou com o esgoto a céu aberto”, exemplificou. Para Pires, o investimento em saneamento resulta em melhoria da saúde da população e na redução dos gastos com saúde no país. Ele comentou ainda a relação entre o saneamento e o BSM: “a redução da desigualdade passa pelo saneamento e pela saúde ambiental”.


O vice-presidente da Fiocruz falou ainda sobre os preparativos para a Rio + 20 e sobre o BSM. “Convido vocês também para participarem do processo de realização da Rio + 20. Estamos nos organizando junto à Opas/OMS e aos setores do Ministério da Saúde. Acho que a Funasa tem uma grande contribuição a dar”. E acrescentou: “a agenda da questão saúde e ambiente é uma agenda pré, durante e, fundamentalmente, posterior ao evento Rio + 20”.


Para Rangel, o Brasil Sem Miséria é uma ação de Estado, que envolve necessariamente os organismos governamentais, sociedade civil, setor privado e toda a sociedade brasileira na reversão de uma situação que vivem milhões. “O problema da pobreza não é fácil de ser enfrentado e está diretamente associado à questão ambiental. Quem mais sofre com as enchentes, com a devastação das florestas e com o fim da biodiversidade são 16 milhões de pessoas, que formam o contingente de mais pobres do país”.


Após a formalização do Termo de Cooperação, o assessor da VPAAPS/Fiocruz José Paulo Vicente da Silva fez uma apresentação sobre a agenda estratégica da Fiocruz relacionada à saúde, ambiente e sustentabilidade. “É importante que a Funasa conheça o escopo de atuação que a Fiocruz vem fazendo no campo da saúde ambiental e sustentabilidade”, afirmou. O assessor explicou ainda que a apresentação possibilita o diálogo entre a área de saúde ambiental da Funasa e as ações desenhadas na Fiocruz.


Publicado em 27/3/2012.

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