Agência Fiocruz de Notícias

A Fiocruz firmou parceria com a universidade canadense McGill University, mediante assinatura de um memorando de entendimento. O documento, que oficializa a parceria, foi assinado durante a Oficina de Produção Científica: Escrevendo e Publicando Artigos Eficientemente, primeira ação da cooperação entre as instituições. "O convênio permitirá a colaboração técnico-científica dos nossos pesquisadores e estudantes com colegas de uma das universidades de maior prestígio científico da América do Norte. Além disso, os mecanismos estabelecidos no acordo facilitarão a concessão e a implementação de bolsas de estudo como as oferecidas em programas como o Ciências sem Fronteiras", afirmou Edson Duarte, pesquisador da Fiocruz Bahia e um dos idealizadores do projeto.

O memorando institui que "as áreas de cooperação podem incluir qualquer programa em qualquer instituição que pode ajudar a promover e desenvolver o relacionamento". Desta forma, algumas atividades podem ser desenvolvidas a partir da cooperação, a exemplo de intercâmbio de professores e/ou pessoal; pesquisa e publicações; participação em seminários e encontros acadêmicos; programas acadêmicos especiais de curto prazo; visitas de curto e médio prazo para estudantes de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado). O documento destaca, entretanto, que todas estas atividades serão debatidas mutuamente em acordos em separado e previamente assinados. A cooperação também inclui a possibilidade de intercâmbio de estudantes de graduação e troca de materiais acadêmicos e científicos e outras informações.

Oficina de Produção Científica

Um dos professores da oficina, Eduardo Franco, que atualmente é professor e diretor da Divisão de Epidemiologia do Câncer em McGill, avalia que o "intercâmbio de professores e a troca de colaboração de informações entre os alunos desses professores na área do câncer e na área de doenças infecciosas e parasitárias, onde as duas instituições têm força e atuações importantes, são pontos promissores".



A oficina abordou temas como o aperfeiçoamento de técnicas de redação científica, as principais etapas da redação de um artigo, desde a elaboração do esboço inicial até a escolha do periódico. O programa incluiu tópicos como autoria, plágio, revisão bibliográfica e gerenciamento de referências. "A oficina foi feita para preencher uma carência nos cursos de pós-graduação, já que é muito difícil ter uma disciplina estruturada só para escrita de artigos científicos. A ausência dessa disciplina fez com que o curso se tornasse necessário. No período de avaliação, percebemos quanto os alunos têm dificuldade em escrever artigos" lembrou a pesquisadora da Fiocruz Bahia Maria da Conceição.



De acordo com Duarte, a expectativa dos organizadores é de que uma nova edição ocorra em dois anos. A expectativa de estudantes da McGill possam realiz estágios de conclusão de curso (Practicum). Existe planos para o desenvolvimento de estudos na área de prevenção do câncer relacionado à infecção pelo HPV, leishmanioses, dentre outros.



No balanço do número de participantes, 80 estudantes foram inscritos e 75 desses compareceram regularmente. Quanto a avaliação do curso, os resultados da enquete sobre a qualidade, conteúdo e alcance já estão sendo tabulados. Entretanto, preliminarmente, o curso foi bem avaliado e recebeu inúmeras recomendações para ser oferecido de maneira regular como parte do programa de disciplinas da pós-graduação. "É essencial um curso de produção científica, já que o objetivo de todo aluno de pós-graduação é publicar o resultado da sua pesquisa. Esse foi um dos melhores cursos em que participei aqui na Fiocruz" afirmou Letícia de Castro, estudante de doutorado.

Publicado em 20/3/2013.