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03/11/2014

Fundação lança cartilha de prevenção e enfrentamento do assédio moral e sexual

CCS / Fiocruz


Na manhã da última quarta-feira (29/10), a Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Violência no Trabalho realizou o 3° Seminário de Humanização no Trabalho, na Fiocruz. O evento ocorreu no Salão Internacional da Ensp e marcou o lançamento da cartilha institucional de prevenção e enfrentamento ao assédio moral e sexual no trabalho. O material elucida o tema, traz fundamentações legais, descreve procedimentos e atuações da Fiocruz e deve ser utilizado como instrumento de orientação para todos os seus trabalhadores.

Em sua fala, o presidente Paulo Gadelha situou a instituição com relação ao assunto. “Essa atividade é claramente um retrato da Fiocruz. A Fundação trabalha com o contraditório. Ela é centralmente uma instituição acolhedora, com muito ainda a aprender”, ponderou. Gadelha ratificou, ainda, a posição institucional de intolerância em relação à prática de assédio e defendeu a penalização de casos confirmados. “Precisamos ter lucidez de diferenciar o que é conflito e assédio e avançar nas normas e processos e emulação e punição”.

A coordenadora do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, Elizabeth Fleury, destacou o processo de elaboração da cartilha. “Entregar essa cartilha é ter a sensação de que estamos completando um ciclo. A agenda de discussões envolvendo a temática do assédio moral foi uma discussão cerrada, por isso nossa alegria com esse momento”. A vice-presidente da Asfoc-SN, Justa Helena, lembrou que embora a comissão exista desde 2009, as discussões acerca do tema já ocorriam e citou a atuação da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST) da Diretoria de Recursos Humanos (Direh/Fiocruz). Justa ressaltou também a importância dos Serviços de Recursos Humanos (SRHs) no acolhimento dos trabalhadores, bem como as outras instâncias de entrada de demandas.

Também presente à mesa, o ouvidor da Fiocruz, João Barbosa, relatou que mais de setenta ocorrências já foram identificados como assédio pela Ouvidoria, mas que mais da metade das pessoas recuam, por algum receio. Barbosa acredita que a cartilha ajudará a esclarecer os conceitos e entende que com a divulgação adequada do material os trabalhadores terão mais embasamento para efetuarem as denúncias.

Cartilha tem papel didático

Alguns do principais aspectos da cartilha foram apresentados pela representante da Comissão, Andréa da Luz, que destacou os pontos de acolhimento dos casos – Ouvidoria, Sindicato, Núcleos de Saúde dos Trabalhadores e SRHs - e elucidou algumas diferenciações entre assédio moral e conflito, dentre outras abordagens conceituais. A função pedagógica da cartilha foi destacada no decorrer da atividade.

Para o diretor de RH, Juliano Lima, a elaboração e posterior circulação da cartilha, traz o assunto à pauta da instituição. “Tiramos a questão do assédio moral e sexual de baixo do tapete”. Na mesma linha, o presidente Gadelha enaltece a coragem da iniciativa e o seminário em si, parabenizando a comissão e apontando novas perspectivas. “O Fórum de RH deve ser agente mobilizador do processo e de políticas institucionais para avançarmos. Temos base e condições de irmos muito mais à frente”, concluiu.

Consulte o documento.

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