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30/01/2013

Fundação ocupa 57ª posição em ranking mundial de centros de pesquisa na internet

Pamela Lang e Renata Moehlecke



Em julho de 2012 a Fiocruz foi classificada como o 57º centro de pesquisa de maior visibilidade na web. Com relação ao continente americano, incluindo todas as instituições de pesquisa americanas, a Fiocruz aparece em 28ª colocação e no ranking latino-americano, a Fundação ocupa um vitorioso 3º lugar. Apenas outras duas instituições brasileiras tiveram mais visibilidade na web do que a Fiocruz: a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que aparecem em 39ª e 40ª posições, respectivamente, no ranking mundial de centros de pesquisa.


 Capa do novo Portal Fiocruz, lançado em maio de 2012 

Capa do novo Portal Fiocruz, lançado em maio de 2012 





Vale destacar que neste ranking não estão incluídas as universidades. A classificação de instituições na web considera cinco rankings distintos segundo categorias institucionais: centros de pesquisa, universidades, repositórios, hospitais e centros ou escolas de negócios/administração. A iniciativa é do Laboratório de Cibermetria, grupo de pesquisa ligado ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (em espanhol, Consejo Superior de Investigaciones Científicas - CSIC).


O ranking de centros de pesquisa é divulgado sempre a cada seis meses e teve início ainda em 2006. Segundo o diretor do Laboratório e editor da revista científica  Cybermetrics, Isidro Aguillo, os indicadores obtidos a partir da web são muito úteis para classificações, uma vez que não são baseados no número de visitas ou no layout de um site, mas no desempenho global e na visibilidade de instituições no ambiente virtual.


O método para avaliar o desempenho dessas instituições e seu impacto na web é baseado em dados cientométricos e bibliométricos, e representa a consolidação de quatro indicadores: tamanho do site (número de páginas que o site abriga); visibilidade (número de links externos que apontam para o site); número de arquivos disponíveis pelo site (Adobe Acrobat (.pdf), Adobe PostScript (.ps), Microsoft Word (.doc) e Microsoft Powerpoint (.ppt); e número de publicações científicas e citações para o site, utilizando a base de dados do Google Scholar. O indicador de visibilidade é o que tem maior peso para a composição do ranking final, correspondendo a 50% do resultado. O tamanho do site equivale a 20% do resultado final e os outros dois indicadores correspondem cada um a 15%. No caso da Fiocruz, o levantamento dos dados não se refere apenas ao Portal Fiocruz, mas considera todos os sites da instituição abrigados sob o domínio da Fiocruz (fiocruz.br).


No primeiro ranking para centros de pesquisa, divulgado em janeiro de 2006, a Fiocruz ocupava a 194ª posição. Desde então a instituição vem ganhando visibilidade e impacto na web, mesmo considerando o aumento significativo da amostra ao longo dos últimos anos. Por ter um peso de 50% no resultado final, o número de links que um site recebe tem sido o fator de maior influência no ranking e pode ser o principal responsável pelo posicionamento da Fiocruz. Segundo o especialista e pesquisador em webometria Fábio Gouveia, a mudança da 99ª posição, em 2011, para a 57ª pode ser atribuída a dois fatores: “de 2006 a 2011, o número de arquivos disponíveis nos sites da Fiocruz vinha contribuindo enormemente para o seu desempenho na web. Este ano, no entanto, vimos uma queda deste indicador, bem como a perda de várias posições quanto ao tamanho do Portal. E mesmo assim, a Fiocruz subiu 42 colocações no ranking geral. Atribuo a isso dois fatores: o crescimento significativo do número de artigos e citações vinculados à Fundação e indexados no Google Scholar, e a ampliação do número de links recebidos pelos sites da Fiocruz”.


Gouveia reflete também sobre os impactos institucionais que esse tipo de ranking pode ter. “Embora este ranking leve em consideração aspectos relativos à produção acadêmica, ter a melhor colocação não significa ser o melhor do ponto de vista acadêmico. Mas se o desempenho de uma instituição na web está abaixo da posição esperada comparativamente a sua excelência na área acadêmica, os gestores deveriam reconsiderar a sua política na web, promovendo um aumento substancial do volume disponível de publicações eletrônicas de qualidade, o que atrairá, possivelmente, mais links para o site e ampliará o número de publicações indexadas no Google Scholar”, aconselha o pesquisador.


Portal Fiocruz: a serviço do usuário


Principal porta de entrada virtual da instituição, com mais de 70 mil acessos mensais, o Portal Fiocruz, desde o lançamento de sua nova versão em maio deste ano, tem apresentado uma plataforma voltada para o melhor atendimento das necessidades do usu ário, aumentando a visibilidade dos serviços prestados pela Fundação. “O processo de reformulação começou a partir da análise de solicitações recebidas pelo canal Fale Conosco, quando percebemos que o portal não atendia as demandas dos visitantes”, diz Marcia Lisboa, coordenadora de Comunicação no Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), unidade responsável pelo desenvolvimento do Portal.


O foco na prestação de serviço ao cidadão trouxe à equipe o desafio de atender aos diferentes perfis de visitantes. “A maior dificuldade foi construir uma página de atendimento à população que incorporasse o conteúdo diversificado produzido pela Fundação e o apresentasse de uma forma rápida e acessível para um público variado de pesquisadores, profissionais de saúde, estudantes e usuários em geral”, explica Marcia.


Uma das soluções encontradas para permitir que o visitante chegasse rapidamente ao conteúdo desejado foi incorporar mais alternativas de navegação: além de encontrar um menu hierárquico, é possível navegar optando pela escolha de tarefas (tipo de atividade), pelo índice remissivo (palavras-chave) ou pelo sistema de busca. Outra novidade foi a implementação de uma navegação editorial, espaço que permite o destaque, por um período flexível, de produtos e serviços prestados pela Fiocruz. A nova plataforma também ampliou o acesso de pessoas com necessidades especiais e incluiu ferramentas compatíveis com as mais atuais mídias sociais. Toda a reelaboração foi pensada ainda a partir da necessidade de tornar disponíveis os dados sobre as diversas unidades da Fundação de uma forma organizada e que garante a transparência das ações, segundo a Lei de Acesso à informação do Governo Federal.


Os ajustes e melhorias continuam. "Recentemente, o portal ganhou uma versão em espanhol e uma página que concentra os serviços para profissionais e instituições de saúde”, destaca Marcia. “Os próximos passos incluem melhorias no acesso aos serviços para os usuários relacionados à área acadêmica, tornando mais simples o acesso aos diferentes cursos oferecidos pela Fundação”. Outra etapa do trabalho de aperfeiçoamento do espaço será a realização de um laboratório de usabilidade, de forma individual ou em pequenos grupos. “O objetivo é avaliar permanentemente se o Portal está atendendo as demandas dos cidadãos que buscam informações sobre as atividades da Fundação”, conclui.


Publicado em 29/1/2013.

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