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15/02/2007

Fundação reafirma compromisso com as comunidades vizinhas

Fernanda Marques


“Nesse momento crítico, em que todos discutem a redução da maioridade penal, nós colocamos em pauta um trabalho que visa aumentar a escolaridade, formar para o mundo do trabalho e transformar os jovens”. As palavras são da coordenadora de projetos da Fundação Itaú Social, Isabel Santana, que participou da cerimônia em que a Fiocruz se tornou parceira oficial da primeira edição carioca do programa Jovens Urbanos, nesta quinta-feira (15/02). No auditório do Museu da Vida, o termo de cooperação foi assinado pelo presidente da Fiocruz, Paulo Buss; pela coordenadora geral do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Maria do Carmo Brant de Carvalho; e pela coordenadora da área de desenvolvimento de programas e projetos em educação e comunidade do Cenpec, Maria Júlia Azevedo Gouveia.


 Os primeiros bairros contemplados pela iniciativa são Manguinhos e Santa Cruz (Foto: Ana Limp)

Os primeiros bairros contemplados pela iniciativa são Manguinhos e Santa Cruz (Foto: Ana Limp)


O programa Jovens Urbanos começou em São Paulo, em 2004. Ele tem como objetivo principal expandir o repertório sociocultural de rapazes e moças, de 16 a 21 anos, moradores de áreas em situação de vulnerabilidade. Trata-se de uma iniciativa da Fundação Itaú Social, com cooperação técnica do Cenpec, e diversos parceiros. Além da Fiocruz, participam o Canal Futura, a Secretaria Municipal de Assistência Social e o Centro de Criação de Imagem Popular (Cecip), entre outras instituições.


Na primeira edição do programa no Rio, já foram realizadas as etapas de prospecção e preparação. Os primeiros bairros contemplados pela iniciativa são Manguinhos e Santa Cruz. A Fiocruz, cuja sede está localizada em Manguinhos, participou da seleção dos jovens que serão atendidos pelo programa. "São rapazes e moças que têm demonstrado grande vivacidade e com certeza nos darão um retorno bastante positivo", avaliou a coordenadora de projetos sociais da Fundação, Sônia Moreira. "A Fiocruz tem o compromisso de contribuir para o desenvolvimento das comunidades vizinhas ao campus", acrescentou Buss.


 Rapazes e moças que participarão da edição carioca do Jovens Urbanos (Foto: Ana Limp)

Rapazes e moças que participarão da edição carioca do Jovens Urbanos (Foto: Ana Limp)


A estratégia do programa consiste em atividades de exploração, experimentação e produção, em um período de 16 meses. Na exploração, os jovens visitam diferentes espaços ligados à dinâmica cultural, científico-tecnológica e produtiva da cidade. Em seguida, partem para a experimentação, na qual elaboram projetos de intervenção dirigidos às áreas prioritárias de suas comunidades. Por fim, na produção, eles implementam seus projetos, ou seja, fazem uma intervenção para melhorar o lugar onde vivem. Todas as etapas são realizadas sob a orientação de educadores e assessores.


A partir de março, a Fiocruz apresentará seu trabalho aos jovens. Eles conhecerão o Museu da Vida, as bibliotecas, a Escola Politécnica, os laboratórios e a fábrica de remédios, bem como as ações sociais promovidas pela instituição. A intenção é despertar neles o interesse por temas de saúde, ciência e tecnologia, para, nas próximas etapas, auxiliá-los na condução de seus projetos, que podem tratar, por exemplo, de uma campanha de vacinação.


Rapazes e moças atendidos pelo programa, após vivenciarem diferentes experiências, têm a liberdade de escolher as temáticas de seus projetos, desenvolvidos de forma coletiva. A equipe do Cenpec acredita que temas relacionados ao trabalho da Fiocruz devem atrair a atenção dos jovens. Em São Paulo, muitos participantes trabalharam com questões relacionadas ao meio ambiente e reciclagem.

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