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27/04/2011

Fundação inaugura pavilhão restaurado no Campus Mata Atlântica

Ricardo Valverde


A Fiocruz inaugurou nesta quarta-feira (27/4), no Campus Mata Atlântica, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o Pavilhão Olympio da Fonseca – Ala de Ensino. Anteriormente denominado Pavilhão Agrícola, o local será usado para cursos das diversas unidades da Fundação e conta com cinco salas e um auditório. Foi nesse prédio que a Fiocruz instalou a sede administrativa do novo campus de Jacarepaguá, quando deu início à ocupação do terreno, em 2001. Para o presidente da Fundação, Paulo Gadelha, a inauguração reafirma os compromissos com a sustentabilidade e com a superação das iniquidades, já que todos os projetos de instalação no campus estão profundamente relacionados às questões sociais da população pobre que mora nas vizinhanças e à preservação do ambiente. Na mesma cerimônia foi constituído o Comitê Gestor Técnico-Científico para coordenação das atividades de educação e pesquisa desenvolvidas no Campus Mata Atlântica.


 O antigo Pavilhão Agrícola, atual Pavilhão Olympio da Fonseca

O antigo Pavilhão Agrícola, atual Pavilhão Olympio da Fonseca


Segundo Gadelha “não é possível pensar a saúde sem pensar em um ambiente saudável. Este era um território abandonado e desintegrado, com uma enorme pressão social no seu entorno e que agora, com a parceria dos poderes públicos, pois o PAC está aqui, e em sintonia e com o respeito dos movimentos sociais da região, a Fiocruz começa a recuperar”. Para o presidente da Fiocruz, a recuperação do Pavilhão Olympio da Fonseca – Ala de Ensino é mais um sinal de que a Fundação cumpre suas promessas e que mantém uma visão de planejamento para superar os desafios impostos pelas características e a degradação em que o local se encontrava há dez anos. “Por tudo isso, é também uma alegria homenagear Olympio da Fonseca, um pioneiro que desenvolveu estudos sobre a Amazônia e décadas atrás exercitava o pensamento ecológico”, afirmou. Ele disse ainda que os projetos do Campus Mata Atlântica poderão ser apresentados na Rio+20, conferência da Organização das Nações Unidas que, em 2012, no Rio de Janeiro, fará um balanço da Rio-92.


O pátio interno do pavilhão será transformado em um grande jardim, que receberá tratamento paisagístico, possibilitando um novo espaço de convívio e interação social. A valorização do espaço se dará com a implantação de nova pavimentação, além da criação de áreas de estar e contemplação com bancos integrados. O pátio receberá o plantio de espécies nativas da Mata Atlântica, que amenizarão a temperatura no ambiente. Também serão implantados um Núcleo de Atendimento à Saúde do Trabalhador (NuST), com foco para o atendimento emergencial; e uma sala de aulas práticas, construída e equipada como laboratório de nível de segurança biológica 2 (NB2), para atender aos cursos ministrados no pavilhão. A proposta arquitetônica adotada nas intervenções no pavilhão se insere num cenário de desenvolvimento sustentável definido para o campus em seu Plano Diretor. Estipula novos paradigmas de arquitetura, modificando minimamente o ambiente natural, de maneira a produzir um espaço confortável, adequado ao clima local e energeticamente eficiente.


O antigo Pavilhão Agrícola, atual Pavilhão Olympio da Fonseca, é a principal edificação do Campus Fiocruz da Mata Atlântica. Projetada pelo arquiteto Ramiro Faustino Ferreira e inaugurada no ano de 1962, a edificação funcionava como instalação manicomial da antiga Colônia Juliano Moreira. Com linhas modernistas dominantes, apresenta grande pátio interno e artifícios de ventilação cruzada e iluminação natural, tais como os óculos circulares presentes em diversas fachadas. Em seus arredores encontravam-se hortas e canteiros de trabalho, que forneciam produtos agrícolas para a colônia.


Publicado em 27/4/2011.

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