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01/02/2007

Gravidez na adolescência: problemas e possíveis soluções


Enquanto a taxa de gravidez em mulheres adultas cai, aumenta o número de casos de gravidez na adolescência e diminui a idade das adolescentes grávidas. Segundo os dados do IBGE, desde 1980 o número de adolescentes (15 a 19 anos) grávidas aumentou 15%. Isso significa que, no Brasil, anualmente, pelo menos 700 mil jovens têm filho, sendo que 1,3% delas têm idade entre 10 e 14 anos.


Em 1999, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 756.553 partos em adolescentes de 10 a 19 anos, o que corresponde a 27% do número total de partos realizados pelo Sistema. Entre 1993 e 1999 houve aumento de aproximadamente 30% do número de partos feitos no SUS em adolescentes mais jovens, entre 10 a 14 anos. O parto normal é atualmente a principal causa de internação de brasileiras entre 10 e 14 anos. De acordo com uma pesquisa feita em alguns estados em 1996, cerca de 10% das adolescentes tinham pelo menos dois filhos aos 19 anos.


Solução do problema envolve atendimento integral


Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o número de mulheres menores de 20 anos grávidas baixou de aproximadamente 148 mil, em 1998, para cerca de 105 mil, em 2005, o que representa uma redução de 29%. A redução, que vem ocorrendo ano a ano, pode ser creditada à implantação, em 1996, de um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla o aspecto físico, psicológico e social, e que começou a mostrar resultados dois anos depois. Além de informação e orientação, o trabalho busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro.


Na capital, as adolescentes contam com um serviço especializado, considerado um dos melhores do Brasil. A Casa do Adolescente oferece profissionais de diversas áreas, entre médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores, todos especializados em orientação sexual a jovens. Também há cursos de inglês e espanhol, aulas de dança, cursos de culinária, de artesanato e terapias em grupo. O sucesso do trabalho levou a secretaria ampliar o projeto da Casa do Adolescente, iniciado em 1996. Atualmente são dez unidades na capital, Grande São Paulo e litoral do estado.

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