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11/09/2019

Hospital angolano recebe Fiocruz para implantar primeiro BLH

Mayra Malavé (IFF/Fiocruz)


No mês de agosto, dois especialistas do Banco de Leite Humano (BLH) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) estiveram em Luanda, capital de Angola, com o intuito de avaliar e instalar os equipamentos necessários para o funcionamento do BLH da Maternidade Lucrécia Paim, que está próximo a ser inaugurado nessa localidade, para se tornar no primeiro a existir nesse país.

As atividades de instalação e verificação dos equipamentos destinados ao BLH da maternidade angolana estão contempladas no projeto de cooperação técnica bilateral de implantação e implementação de Banco de Leite Humano em Angola, que permite o Brasil realizar apoio técnico, orientação em gestão e treinamentos de profissionais, entre outras ações para a criação e funcionamento de maneira autônoma do BLH em Luanda e assim, contribuir para a diminuição da mortalidade infantil no país africano.

O coordenador de Qualidade do BLH do IFF/Fiocruz Jonas Borges da Silva e o especialista de Engenharia Clinica do Instituto, Leonardo Mendonça Alam foram os responsáveis pela instalação dos equipamentos do BLH da Maternidade Lucrécia Paim. Durante sua visita em Luanda foram recebidos pelo embaixador do Brasil em Angola, Paulino Franco de Carvalho Neto, além dos técnicos angolanos que serão os encarregados do funcionamento, cuidados e manutenção dos equipamentos instalados. 
 
Sobre a missão da montagem do BLH em Luanda, o coordenador do programa da Qualidade da rBLH, Jonas Borges da Silva comentou “são equipamentos simples, mas que precisam de um treinamento para usá-los porque se o pessoal não souber utilizá-los da forma adequada possivelmente podem gerar problemas na qualidade do leite e podem até diminuir o tempo de uso dos aparelhos, por isso, a importância dessa missão estava não só em fazer a instalação correta mas também em fazer os treinamentos das pessoas que irão fazer a manutenção e utilização desses equipamentos”.
 
O trabalho de cooperação bilateral neste projeto de criação da primeira unidade do Banco de Leite Humano em Angola, também contou com a participação pelo Brasil da coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do governo do Distrito Federal, Miriam Oliveira dos Santos e da enfermeira do BLH do Hospital Regional de Planaltina em Brasília, Fernanda Viana Pereira da Luz, que conduziram a capacitação de 25 profissionais de saúde angolanos no processamento e controle de qualidade do leite materno, o que permitiu que eles ficassem habilitados para proceder adequadamente desde a fase da coleta, passando pela pasteurização até o momento em que o leite chega aos bebês, para posteriormente eles também treinar especialistas de outras maternidades angolanas para que possam abrir bancos de leites nas suas unidades, sabendo dos cuidados que devem ter na utilização dos equipamentos e no processamento e controle de qualidade do produto.

Através destas ações de cooperação internacional, a rBLH reafirma sua missão de promover boas práticas no âmbito dos bancos de leite humano e do aleitamento materno, para contribuir na redução da morbimortalidade infantil em todo o mundo e favorecer o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.

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